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Estado de Minas POL�TICA

Ap�s desgaste, Bolsonaro enquadra vice e Guedes

Declara��es do candidato a vice, general Hamilton Mour�o, e do conselheiro na �rea econ�mica, v�m provocando desgastes para o candidato a presidente


postado em 20/09/2018 07:22 / atualizado em 20/09/2018 07:51

(foto: Reprodução/Facebook 16/09/2018)
(foto: Reprodu��o/Facebook 16/09/2018)

O candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, determinou que o vice na chapa, general Hamilton Mour�o (PRTB), e o conselheiro na �rea econ�mica, Paulo Guedes, reduzam suas atividades eleitorais. A campanha quer estancar o desgaste provocado por declara��es pol�micas dos dois aliados.

Nesta quarta-feira, 19, o perfil de Bolsonaro no Twitter teve de reiterar o compromisso com a redu��o da carga tribut�ria ap�s not�cia de que Guedes estuda como proposta para eventual governo a cria��o de um imposto nos moldes da antiga CPMF, o que p�e em xeque o discurso da campanha.

Declara��es e a movimenta��o eleitoral do candidato a vice tamb�m constrangeram Bolsonaro e a c�pula da campanha nos �ltimos dias. Do quarto do Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, onde se recupera do atentado a faca que sofreu, Bolsonaro acompanhou pelo notici�rio Mour�o defender uma Constitui��o elaborada por n�o eleitos e a ideia de que filhos criados por m�es e av�s, sem a presen�a do pai, correm mais risco de entrar para o tr�fico.

Ao visitar Bolsonaro no hospital na ter�a-feira, 18, o general da reserva ouviu uma determina��o. O presidenci�vel pediu que o vice suspendesse a agenda de viagens. O candidato ao Planalto avaliou que a campanha entrou num momento decisivo e que n�o podia correr mais riscos, segundo relataram � reportagem integrantes da equipe.

O general da reserva encurtou uma viagem ao interior de S�o Paulo, que iria at� sexta-feira, 21, e cancelou um evento, no domingo, em Porto Alegre. Ele ficar� em sua casa no Rio para uma "reavalia��o de discurso", informou um assessor. Mour�o pretende, ainda segundo a assessoria, descansar depois de 15 dias de viagens e eventos.

Somente no fim da manh� desta quarta-feira o vice deu uma palestra na Faculdade de Direito de Bauru (SP), concedeu entrevista em uma esta��o local de TV e almo�ou com um grupo de cerca de 40 empres�rios da regi�o, l�deres pol�ticos e assessores.

Na campanha do PSL, a cr�tica recorrente � que, ap�s a interna��o de Bolsonaro, Mour�o foi para a "linha de frente" sem experi�ncia pol�tica. O general da reserva, segundo um interlocutor da equipe, assumiu uma agenda de cabe�a de chapa sendo candidato a vice. A avalia��o interna � de que Mour�o p�s em risco o favoritismo de Bolsonaro.

'Lema'

J� a movimenta��o de Guedes obrigou a uma rea��o de Bolsonaro. "Nossa equipe econ�mica trabalha para redu��o de carga tribut�ria, desburocratiza��o e desregulamenta��es", escreveu Bolsonaro no Twitter. "Chega de impostos � o nosso lema! Somos e faremos diferente. Esse � o Brasil que queremos." O post foi "retuitado" por Carlos e Fl�vio Bolsonaro, filhos do candidato.

As declara��es de Bolsonaro foram feitas depois de o jornal Folha de S.Paulo afirmar que o economista citou a uma plateia restrita pontos do que seria sua pol�tica tribut�ria, com a cria��o de um imposto nos moldes da CPMF e a unifica��o da al�quota do Imposto de Renda.

Guedes disse na quarta ao site BR18 que estuda duas propostas que passam pela unifica��o de tributos nos �mbitos federal e da Previd�ncia que incidiriam sobre todas as transa��es financeiras, de forma semelhante � antiga CPMF. "O sistema atual � muito complexo, destr�i milh�es de empregos e impede a cria��o de postos de trabalho", afirmou o economista.

A proposta deu muni��o para os advers�rios de Bolsonaro (mais informa��es nesta p�gina). Na propaganda de TV que ir� ao ar a partir de hoje, Alckmin vai explorar o tema e o que chama de "contradi��es" do rival.

Conselheiro de Bolsonaro, o presidente da Uni�o Democr�tica Ruralista (UDR), Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse nesta quarta que participou de reuni�o fechada da campanha na ter�a-feira na qual n�o se falou em CPMF. "Est�o criando coisa."

Guedes j� foi anunciado por Bolsonaro como ministro da Fazenda em eventual governo. Segundo um integrante da campanha, o economista surpreendeu por n�o combinar com o presidenci�vel uma manifesta��o de impacto imediato no mercado.

Bolsonaro j� declarou que Guedes � seu "Posto Ipiranga", mas que nunca deu a ele "carta branca". O candidato disse tamb�m que falta ao economista traquejo pol�tico. "Aprendo com ele e ele aprende comigo", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo em maio.

Questionado sobre o assunto nesta quarta, Mour�o disse que "criar um imposto seria dar um tiro no p�", mas que o tema deve ser decidido por Guedes e Bolsonaro. O general da reserva negou que haja uma crise na campanha. "Nada disso, isso � uma tentativa de criar uma divis�o que n�o existe. Estamos coesos."

� noite, em S�o Jos� do Rio Preto (SP), Mour�o evitou falar com a imprensa. Cercado de seguran�as, apenas declarou que a pol�mica da CPMF "n�o afeta a campanha".


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