A Pol�cia Federal pediu � 3.ª Vara Federal de Juiz de Fora a prorroga��o do inqu�rito sobre o atentando ao candidato Jair Bolsonaro (PSL). O pedido de mais prazo tem como objetivo dar prosseguimento � apura��o sobre o contexto do ataque de Ad�lio Bispo, 40 anos, ao candidato � Presid�ncia da Rep�blica.
De acordo com a PF, a prorroga��o por mais 15 dias "visa possibilitar o encerramento de dilig�ncias indispens�veis � finaliza��o do procedimento." Nessas dilig�ncias, diz a PF, a meta � angariar "elementos probat�rios" que possam "caracterizar a autoria e materialidade do ato criminoso, bem como determinar as motiva��es do agressor e delimitar eventuais co-participa��es."
Para evitar que qualquer d�vida poss�vel n�o seja esclarecida, a PF est� fazendo uma devassa nos �ltimos dois anos da vida de Ad�lio Bispo. At� o momento, a PF j� entrevistou 38 pessoas, colheu 15 depoimentos formais de testemunhas e analisou dois terabytes de imagens. Al�m das testemunhas e de pessoas entrevistas, a PF tamb�m ouviu o pr�prio Bispo em tr�s ocasi�es.
Sobre o material apreendido nos locais em que Bispo frequentou antes do crime e dados encontrados em aparelhos eletr�nicos, os peritos da PF j� produziram cinco laudos periciais. Outros quatro laudos ainda est�o sendo finalizados motivo pelo qual, diz a PF, � necess�ria a prorroga��o do prazo do inqu�rito. Os peritos e investigadores tamb�m analisam todas as informa��es oriundas de quebras de sigilo banc�rio, telef�nico e telem�tico autorizadas pela Justi�a.
Segundo a PF, ao longo dos primeiros 15 dias de investiga��o, foram realizadas dilig�ncias em Juiz de Fora, Montes Claros, Uberaba, Uberl�ndia, Pirapitinga, Belo Horizonte e Florian�polis.
Bolsonaro foi golpeado na tarde da quinta-feira, 6, quando fazia campanha no centro de Juiz de Fora, em Minas Gerais. Ele foi operado na cidade mineira no mesmo dia e depois transferido para o Hospital Albert Einstein, em S�o Paulo, onde permanece internado. Ap�s o ataque, Bispo foi preso por agentes da PF e levado para a delegacia, onde assumiu o crime e disse que teria agido por contra pr�pria e "em nome de Deus". O agressor foi enquadrado na lei de seguran�a nacional e pode ser condenado a pena de reclus�o pelo per�odo de 3 a 10 anos, podendo ser aumentada em at� o dobro.