O candidato do PDT � Presid�ncia da Rep�blica, Ciro Gomes, visitou neste s�bado o Aglomerado da Serra, na Regi�o Centro-Sul de Belo Horizonte, e em entrevista � R�dio Aut�ntica Favela, defendeu a educa��o como forma de evitar a entrada de crian�as e jovens na criminalidade. Segundo ele, o grande problema da viol�ncia no pa�s s�o as fac��es - em especial o PCC e o Comando Vermelho -, que recrutam os "avi�es" entre as crian�as e adolescentes das favelas.
"Temos o PCC e o CV, e agora uma fac��o abestada no Cear�, a GDE. E o PCC, que � mais esperto, usa essa meninada do GDE e coloca uma metralhadora na m�o dele, um fuzil pesado, uma AR15, e aquele menino que talvez o pau seja pequeno, acha que aquele fuzil pode ser o pau grande que ele n�o tem", afirmou o candidato, quando questionado sobre a viol�ncia no pa�s.
Em seguida, Ciro pediu desculpas pela express�o. "Desculpe a� a senhora que est� ouvindo, mas s� posso entender por isso. Porque o menino vai morrer daqui a seis meses. � uma coisa impressionante", completou.
Segundo o candidato, a proposta dele � fazer escolas p�blicas de tempo integral que sejam ao mesmo tempo profissionalizantes. De acordo com ele, uma a cada tr�s escolas no Cear� adotam esse sistema. A medida conseguiu reduzir a evas�o escolar no estado de 60% para 4%.
"A aposta para o futuro � pela educa��o do filho do trabalhador que rivalize com a educa��o do filho do rico", argumentou o presidenci�vel. Ainda segundo Ciro, � preciso transformar a escola p�blica em algo atraente e que ensine o jovem a pensar. "Ainda d� tempo de proteger a crian�a que est� sendo rondada pelo gavi�o".
Questionado sobre as declara��es do general da reserva Hamilton Mour�o (PRTB), vice de Jair Bolsonaro, de que casas com crian�as criadas apenas pela m�e ou av� s�o "f�bricas de desajustados", Ciro Gomes foi mais comedido nas palavras.
"D� vontade de mandar tomar naquele lugar, mas n�o vou falar palavr�o em respeito aos ouvintes", comentou. Ele lembrou que as mulheres s�o hoje as respons�veis por boa parte dos lares brasileiros.