
Terceiro colocado nas �ltimas pesquisas de inten��o de votos para a disputa pelo Pal�cio do Planalto, o candidato do PDT, Ciro Gomes, voltou as aten��es para cr�ticas aos advers�rios diretos nestas elei��es: Jair Bolsonaro (PSL), a quem chamou de nazista, e Fernando Haddad (PT), cuja campanha apresentou um crescimento nos �ltimos dias e aparece isolada na segunda coloca��o.
Embora tenha admitido que ele e o petista s�o “amigos de longa data”, separados por quest�es pol�ticas, ressaltou que Haddad n�o conseguiu se reeleger prefeito de S�o Paulo nas elei��es de 2016.
“Com todas as virtudes, o Haddad n�o inteirou dois anos que perdeu as elei��es em S�o Paulo. Diz muita coisa sobre um prefeito que n�o consegue 17% dos votos, significa que ele n�o foi um prefeito bem avaliado pela sua popula��o. � a esse tipo de risco que vamos expor o Brasil?”, comentou o presidenci�vel, que neste s�bado fez campanha no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, e concedeu entrevista � R�dio Aut�ntica Favela.
Haddad foi derrotado no primeiro turno das elei��es por Jo�o Doria (PSDB), por um placar de 53,29% a 16,7% dos votos v�lidos.
Ciro Gomes ainda colocou em d�vida os n�meros divulgados pelos institutos de pesquisa.
“Em um pa�s que at� deputados se compra ou se vende, n�o podemos deixar de suspeitar que institutos possam vender a conta de milh�es os resultados dessas pesquisas”, afirmou o presidenci�vel ao ser questionado sobre estrat�gias para ultrapassar os advers�rios.
Ao lado do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), Ciro afirmou que nas elei��es de 2016 o Instituto Datafolha apontava uma vit�ria de Jo�o Leite (PSDB) no segundo turno, no entanto, o resultado foi outro.
“O Kalil mostrou que vale a pena a gente votar em que tem a melhor proposta e n�o deixar que institutos de pesquisas manipulem a nossa liberdade de escolha. N�s n�o podemos transferir nossa decis�o c�vica para institutos de pesquisas”, comentou.
De fato, em 12 de outubro de 2016 o Datafolha divulgou uma pesquisa que apontava vit�ria do deputado estadual Jo�o Leite por 55% a 45%. No entanto, na v�spera da elei��o, no dia 26, o mesmo instituto mostrou o placar de 52% a 48%. O resultado das urnas foi 52,98% a 47,02% dos votos v�lidos.
'M�o na cabe�a'
Em uma clara cr�tica a Bolsonaro, Ciro disse que o eleitor deve “botar a m�o na cabe�a” para n�o jogar o Brasil na “radicaliza��o extremista militarista, que fomenta preconceito e gera viol�ncia”.
“� preciso que a gente responda a isso com um caminho novo, com um novo projeto de nacional desenvolvimento que d� centralidade a reindustrializa��o de onde vir� o desemprego”, disse. Para ele, votar em Bolsonaro ser� deixar o pa�s cair nas m�os do “nazismo, do facismo, da viol�ncia e da segrega��o”.
“Tudo o que est� no discurso, na ret�rica e na pr�tica do Bolsonaro e do seu grupo de SS nazist�ides (organiza��o paramilitar de Adolf Hitler), entre eles, o pior de todos � o Mour�o. E o Paulo Guedes d� a instrumentaliza��o econ�mica para esse facismo, quando prop�e um sistema de imposto que cobra mais dos pobres e menos dos ricos. Ent�o � preciso denunciar, pouco importa o custo disso. � preciso enfrentar como o Churchill fez e foi chamado de destemperado, tudo o que sou chamado hoje, mas ele � reconhecido como o maior estadista do s�culo vinte”.
A declara��o foi feita ao comentar epis�dio de sexta-feira, no interior de S�o Paulo, em que bateu boca com um eleitor de Bolsonaro