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Estado de Minas ELEI��ES 2018

Taxa de renova��o na C�mara e Assembleia de MG ser� baixa

Campanhas curtas e financiamento reduzido dificultam entrada de novos parlamentares na Assembleia Legislativa de Minas e na C�mara dos Deputados, com proje��o m�xima de 41%


postado em 24/09/2018 06:00 / atualizado em 24/09/2018 08:11

Plenário da Câmara: Projeção do Diap é de que o índice de reeleição se mantenha na casa de 59%(foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Plen�rio da C�mara: Proje��o do Diap � de que o �ndice de reelei��o se mantenha na casa de 59% (foto: Wilson Dias/Ag�ncia Brasil)

Apesar da demanda do eleitor brasileiro por caras novas na pol�tica, as campanhas curtas e de dif�cil financiamento tendem a refrear a taxa de renova��o na Assembleia Legislativa de Minas e, principalmente, na C�mara dos Deputados. A proje��o do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) � de que este ano o �ndice de reelei��o para a C�mara se mantenha na casa de 59%, acima da m�dia da s�rie hist�rica das �ltimas sete elei��es, que � de 51%. Novatos t�m dificuldades em competir com os parlamentares que, no plano federal, foram beneficiados por fatias generosas do fundo eleitoral: a depender do partido, variam de R$ 1 milh�o a R$ 2 milh�es por candidato. Al�m disso, deputados no exerc�cio da atividade que concorrem a novo mandato contam com a estrutura dos gabinetes e os v�nculos pol�ticos estabelecidos com prefeitos. Todos s�o fatores que tendem a alavancar maior sucesso eleitoral entre aqueles 407 deputados federais que concorrem � reelei��o em 7 de Outubro – 21 a mais do que no pleito passado –, dos quais, 43 s�o da bancada federal mineira.

Entre deputados com mandato, as chances de sucesso eleitoral s�o quase 20 vezes maiores do que entre candidatos que n�o est�o no exerc�cio da fun��o. Enquanto, por exemplo, em 2014, o �ndice de sucesso entre os 387 deputados federais que concorreram � reelei��o foi de 70,5%; entre os outros 6.750 candidatos que requereram registro em todo o pa�s, 240 conquistaram cadeira na C�mara dos Deputados, o que representa p�fios 3,6% de sucesso eleitoral. Essas estat�sticas, que denotam oportunidades t�o diferentes, se repetem a cada pleito. Em 2010, 70,8% dos 408 deputados federais que concorreram � reelei��o foram bem-sucedidos; entre os outros 5.608 candidatos que solicitaram registro em todo o pa�s, 286 – ou seja 4% - conquistaram cadeiras.

Embora os partidos estejamo priorizando a reelei��o e a expans�o de suas bancadas federais, a estes encaminhando a maior fatia do fundo eleitoral, deputados estaduais que tentam novo mandato tamb�m para a Assembleia Legislativa, que nos tr�s �ltimos pleitos registrou taxas de renova��o decrescentes, os progn�sticos s�o de manuten��o dessa tend�ncia. Concorrem � reelei��o 63 deputados estaduais, tr�s a menos do que em 2014, o que n�o dever� representar grande mudan�a nos �ndices da �ltima d�cada. Especialistas estimam renova��o pr�xima a 40%, o que, a se confirmar, significar� 31 novos deputados estaduais. � igualmente esperado, contudo, que boa parte do que se convencionou chamar de “renova��o” represente circularidade na representa��o, j� que, entre candidatos � Assembleia, est� o deputado federal Luis Fernando Faria (PP), al�m do ex-deputado federal Virg�lio Guimar�es (PT), entre outros veteranos como o ex-prefeito de Contagem e ex-deputado estadual Ademir Lucas (SD).

MAIOR TAXA NA D�CADA DE 1990 Tanto a Assembleia de Minas quanto a C�mara dos Deputados registraram em 1990 a maior taxa de renova��o hist�rica, respectivamente de 58% e 62%. Em todas as demais elei��es daquela d�cada, contudo, os legislativos estadual e federal apresentaram a mesma tend�ncia de queda crescente na frequ�ncia de novos mandatos parlamentares (veja quadro).  Mas 2002 foi um ano at�pico.

A elei��o para a Presid�ncia da Rep�blica pela primeira vez de um oper�rio e fundador de um partido de representa��o popular, impulsionou uma onda de renova��o tamb�m nos legislativos. Na Assembleia de Minas houve mudan�a de 47% das cadeiras e, na C�mara dos Deputados, de 45%. Mas, enquanto no Legislativo estadual, no pleito seguinte, foram reeleitos 60% dos deputados estaduais; na C�mara dos Deputados, 52% ganharam novo mandato. Nas elei��es de 2010 e de 2014, a renova��o de deputados estaduais mineiros voltou a cair, respectivamente de 36% para 34%. J� na C�mara dos Deputados a renova��o apresentou pequena varia��o positiva de 44% para 47%.

 



Disputa de vagas com as bandeiras da seguran�a e da sa�de

Se por um lado o desalento se instala junto a uma parcela significativa do eleitorado brasileiro, por outro, a demanda latente por renova��o se expressa no aumento de pessoas interessadas em atuar na pol�tica institucional. O n�mero de registros de candidaturas cresceu, entre 2014 e 2018, de 26.162 para 29.098, ou seja, 11,2%. E embora empres�rio seja a atividade com maior presen�a entre postulantes de um mandato representativo – corresponde a 10,3% das candidaturas e aumentou 0,9 ponto percentual em rela��o ao pleito de 2014 – h� tamb�m promotores de Justi�a, professores universit�rios, policiais civis, m�dicos entre tantas outras que fazem o batismo na pol�tica eleitoral com ideal de fazer a diferen�a.

Pela primeira vez candidato, o procurador de Justi�a que concorre a uma vaga na C�mara dos Deputados com o nome de urna promotor R�mulo Ferraz (PV), de 58 anos, acumula longa experi�ncia em sua carreira de 29 anos junto ao Minist�rio P�blico, com foco no combate � corrup��o, ilegalidades e defesa das garantias fundamentais das pessoas. Atuou nas mais importantes promotorias, como a de Defesa do Patrim�nio P�blico, participou da gest�o da institui��o na implanta��o de �rg�os em defesa dos mais diversos direitos dos cidad�os mineiros, como a Promotoria de Defesa da Sa�de – que garante acesso de pessoas carentes a medicamentos, tratamentos e cirurgias –, a Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, do Consumidor, do Idoso, da primeira Promotoria de Combate ao Crime Organizado e, no ano passado, da cria��o da Coordenadoria Estadual de Defesa da Fauna, voltada � prote��o dos animais, a primeira do g�nero do pa�s.

“Neste momento em que a pol�tica nacional passa por descr�dito, fui muito estimulado pelos integrantes de v�rias carreiras do estado no �mbito dos �rg�os de controle, do Judici�rio, das pol�cias, da seguran�a p�blica. Aceitei o desafio, quero muito contribuir para a constru��o de um futuro melhor, com base nos valores de simplicidade, lealdade e solidariedade, presentes em tudo o que fa�o”, afirma ele, que j� foi eleito presidente da Associa��o Mineira do Minist�rio P�blico e j� atuou, em diferentes governos, � frente da Secretaria de Defesa Social, o que o identificou com a tem�tica da seguran�a p�blica e do sistema prisional, e tamb�m da Subsecretaria de Rela��es Institucionais da Casa Civil.

R�mulo Ferraz diz que, se eleito, o seu principal foco da atua��o no Congresso ser� seguran�a p�blica, combate � corrup��o, defesa da cidadania, reforma pol�tica e eleitoral, al�m da defesa de novo pacto federativo, com redistribui��o de tributos a estados e munic�pios, hoje muito concentrados junto � Uni�o.

POL�CIA

Aos 52 anos, Elvimar Monteiro, que disputa vaga na C�mara com o nome de Inspetor Elvimar (Avante), se aposentou em abril ap�s 32 anos de carreira na Pol�cia Civil. Logo recebeu convite de diversos partidos pol�ticos. E resolveu concorrer, pela primeira vez, a um cargo eletivo. “A Pol�cia Civil abra�ou minha candidatura, porque tenho trajet�ria conhecida e clareza da necessidade de mudan�a do C�digo de Processo Penal e da Lei de Execu��o Penal”, afirmou. “Atuei nas delegacias de Furtos e Roubos, de Repress�o a Roubo a Bancos e de Repress�o �s Organiza��es Criminosas. Assumi a inspetoria da Delegacia de Opera��es Especiais (Deosp) e atuamos em combate e com sucesso contra v�rias quadrilhas de sequestros a gerentes de bancos, explos�es de caixas eletr�nicos e tr�fico de drogas. Esse prende e solta n�o pode continuar, ficamos enxugando gelo. Precisamos mudar a lei”, afirma.

SA�DE

Candidato a deputado federal pela primeira vez, Bernardo Ramos (Novo), de 39 anos, ortopedista pedi�trico da Rede Mater Dei, fez a primeira incurs�o na pol�tica atuando em mobiliza��es em 2014, em defesa da candidatura presidencial de A�cio Neves (PSDB). “Ainda n�o t�nhamos conhecimento das hist�rias”, diz. Em 2016, Bernardo disputou pela primeira vez uma vaga na C�mara Municipal de Belo Horizonte e conquistou 4.551 votos, tornando-se o primeiro suplente do vereador Mateus Sim�es, �nico eleito do Novo. “Estamos animados, porque nosso partido se tornou conhecido, ganhou capilaridade. Temos uma chapa puro sangue, completa, com candidatos a todos os cargos do Executivo e ao Senado, � C�mara e � Assembleia”, afirma.

“Queremos fazer o certo, da maneira certa. N�o � s� discurso. Temos pr�tica que pode ser comprovada na atua��o dos nossos quatro vereadores no Brasil que economizam aproximadamente 60% da verba de gabinete”, diz Bernardo. O seu foco principal de atua��o, caso tenha sucesso, ser� sa�de, educa��o e seguran�a p�blica. “O SUS  � extremamente ruim, precisa de reestrutura��o completa”, afirma, defendendo que o estado financie a sa�de, mas terceirize a sua gest�o � iniciativa privada.


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