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Estado de Minas

Inqu�rito da PF conclui que agressor de Bolsonaro agiu sozinho no dia, mas investiga��o continua

Autor fotografou local do crime antes do atentado e esteve em escola de tiro, em Florian�polis, na mesma data que Carlos Bolsonaro


postado em 28/09/2018 20:31 / atualizado em 04/10/2018 11:38

(foto: Divulgação/PM )
(foto: Divulga��o/PM )
O inqu�rito da Pol�cia Federal (PF) que investiga o atentado a Jair Bolsonaro foi conclu�do nesta sexta-feira e confirmou que Ad�lio Bispo de Oliveira agiu sozinho ao atacar o presidenci�vel em Juiz de Fora (MG). Ele foi oi indiciado por pr�tica de atentado pessoal por "inconformismo pol�tico", crime previsto na Lei de Seguran�a Nacional. Entretanto, um segundo inqu�rito foi aberto para dar continuidade ao caso.

De acordo com o documento, ao qual o Estado de Minas teve acesso, foram verificados pela corpora��o mais de 250 gigabytes de informa��es em m�dias – incluindo dados de celulares e do notebook do suspeito – assim como cerca de 600 documentos. A PF teve acesso a mais de 6 mil comunica��es travadas em programas de mensagens instant�neas e 1.060 mensagens de e-mails. Os arquivos de imagens analisadas totalizaram mais de 1h50m horas de grava��o, al�m de 1.200 fotos.

Entretanto, no que tange � participa��o ou coautoria no local do evento, a partir das evid�ncias colhidas, descarta-se o envolvimento de terceiros. Apesar disso, foi instaurado novo inqu�rito com o escopo espec�fico de prosseguir apurando os fatos. O intuito � "buscar elementos que possam apontar para a participa��o de terceiros que tenham atuado como mandantes, idealizadores, instigadores (...)."

IDEOLOGIA POL�TICA

Em seu interrogat�rio,  Ad�lio confessou ter usado uma faca que trazia consigo, escondida em um papel, al�m de que a motiva��o para o ato seria de ordem religiosa e pol�tica – j� que ele defende a ideologia "de esquerda", enquanto o candidato seria de "extrema direita". Ainda de acordo com o documento, "o interrogado n�o concorda com o fim das terras ind�genas, conforme defendido por Bolsonaro, caso seja eleito; que tamb�m n�o concorda com as privatiza��es em massa conforme pregado por Bolsonaro; que defende a 'atua��o' de um Estado forte e presente em todos os setores do pa�s."

PARTICIPA��O DE "MULHER DE �CULOS" 



Em postagens em redes sociais, internautas apontaram outros "manifestantes" como coautores do atentado. Uma das acusadas na internet foi, espontaneamente, � PF para prestar esclarecimentos, j� que passou a ser insultada e amea�ada.

Outros suspeitos tamb�m foram ouvidos pela corpora��o. Um deles � um homem que estaria com o agressor momentos antes do ataque. O "colaborador da seguran�a do candidato visualizou Ad�lio junto a um grupo de opositores de Bolsonaro." O denunciante disse que "as pessoas integrantes deste grupo estavam bebendo e proferindo palavras de ordem contra o candidato, pr�ximo ao local em que se daria a passeata."

Por�m, a investiga��o n�o encontrou v�nculo entre eles. Tamb�m foi especulado que uma "mulher de �culos escuros" teria repassado a faca a um homem que, por sua vez, a repassou ao Ad�lio. Ela foi ouvida e negou participa��o. A mulher afirmou ainda estar naquele ato como apoiadora do candidato.

CRIME PLANEJADO: FOTOS DURANTE O DIA

As investiga��es apontam que Ad�lio fotografou previamente alguns locais em que o candidato estaria na cidade, assim como o outdoor que anunciou sua presen�a na cidade. "Em outras fotos e imagens encontradas em seu aparelho de celular, restou evidenciado que esteve acompanhando o presidenci�vel durante todo o dia, tendo tido, inclusive, acesso ao hotel em que estava programado um almo�o com empres�rios."

Entretanto, houve "ind�cios robustos de que houve uma decis�o pr�via, reflexiva e arquitetada", por parte de Ad�lio de atentar contra a vida do candidato. A escolha da arma do crime, por sua vez, pode ser atribu�da a uma com facilidade de manejo, uma vez que o autor trabalhou com o uso desta ferramenta em a�ougue e em restaurantes.

AULA DE TIROS COM FILHO DE BOLSONARO

Alguns eventos da vida pret�rita do investigado levantam suspeitas quanto ao planejamento do seu intento criminoso. Identificou-se que Ad�lio se cadastrou em 3 de julho de 2018 em escola de tiro pr�xima a Florian�polis. Propriet�rio da escola contou � PF que ele teria pago R$ 659 pelas aulas, em esp�cie. 

O propriet�rio ainda esclareceu que os filhos do candidato frequentam o estabelecimento e que Carlos Bolsonaro teria chegado a Florian�polis justamente no �ltimo dia do curso de Ad�lio. Nesse dia, segundo informado pelo instrutor de tiros, ele teria demonstrado comportamento estranho, "sempre olhando para a porta, entre outras rea��es n�o usuais, o que chamou a aten��o, pois estavam em um ambiente de seguran�a, desferindo tiros com arma de fogo."

RECLUS�O DE 3 A 10 ANOS

Assim, considerando as circunst�ncias do fato criminoso e a gravidade da les�o sofrida pela v�tima, o crime foi enquadramento legal previsto no artigo 20, par�grafo �nico, da Lei nu 7.170/83 – conhecida como Lei de Seguran�a Nacional.

De acordo com o Art. 20, "devastar, saquear, extorquir, roubar, sequestrar, manter em c�rcere privado, incendiar, depredar, provocar explos�o, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo pol�tico ou para obten��o de fundos destinados � manuten��o de organiza��es pol�ticas clandestinas ou subversivas." A pena � de reclus�o para o crime varia de 3 a 10 anos.


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