O presidenci�vel petista Fernando Haddad cumpre nesta segunda-feira (1º), mais uma agenda de campanha em Curitiba, mais precisamente na sede da Pol�cia Federal, onde est� preso desde abril o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, condenado pela Lava-Jato. � a quarta visita de Haddad a Lula desde que o ex-prefeito se tornou oficialmente o candidato do PT ao Pal�cio do Planalto.
Assim como nas outras oportunidades, ap�s a visita – que dura, em m�dia duas horas –, Haddad vai conceder uma entrevista coletiva � imprensa. Integrante da equipe de advogados do ex-presidente desde o in�cio de julho, o petista j� cumpriu essa mesma rotina outras nove vezes, antes como coordenador de campanha. A seis dias da elei��o, ele vai aproveitar a viagem para tamb�m fazer um ato p�blico no centro da cidade.
Mas, se s�o inevit�veis diante da necessidade de Haddad continuar se favorecendo da transfer�ncia de votos do eleitor lulista – ele subiu 13 pontos nas pesquisas de inten��o de voto em 15 dias –, os encontros frequentes t�m exigido da campanha do candidato explica��es sobre qual seria o papel do ex-presidente diante de um eventual governo Haddad. E se a vit�ria seria ou n�o acompanhada de um indulto presidencial a Lula.
Pressionado, Haddad j� afirmou publicamente que n�o concederia o indulto, mas porque essa n�o � a vontade do ex-presidente, que preferiria aguardar por um novo julgamento para provar sua inoc�ncia. J� sobre a participa��o de Lula, caso ven�a a elei��o, o candidato tem sido mais claro, afirmando que o padrinho pol�tico "ser� um grande conselheiro". O presidenci�vel petista tamb�m j� declarou que n�o deixar� de fazer as visitas caso ven�a a elei��o.
Para o professor de Filosofia da Faap Luiz Bueno, a aceita��o das visitas de Haddad a Lula varia de acordo com o eleitor. "O eleitorado tradicional do PT tem interesse em votar no Lula. Ent�o, n�o se afetam com isso, n�o conhecem direito o Haddad, mas veem essa continuidade", diz. Por outro lado, segundo Bueno, esses encontros podem passar uma "incerteza" sobre quem iria governar, em caso de vit�ria do PT, diante da falta de autonomia de Haddad.
Nessa �ltima semana antes do primeiro turno da elei��o, Haddad vai concentrar suas agendas no Sudeste, onde seu principal advers�rio, Jair Bolsonaro (PSL), coloca maior vantagem sobre o petista - segundo a �ltima pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, o deputado federal tem 31% das inten��es de voto na regi�o, ante 16% do candidato petista.
Nesta segunda mesmo, ap�s o ato p�bico em Curitiba, o presidenci�vel petista segue para o Rio. Ainda nesta semana, Haddad deve participar de eventos p�blicos em S�o Paulo.