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Estado de Minas

Ministros negam, mas Supremo vive cabo de guerra nos bastidores

Em evento na OAB, Fux nega crise na Corte, num discurso semelhante ao de Lewandowski, mas embates continuam. Magistrado afirma que decis�es do tribunal devem levar em conta o que a popula��o espera do Poder Judici�rio


postado em 03/10/2018 08:27

Fux discursa em evento da OAB para comemorar os 30 anos da Constituição:
Fux discursa em evento da OAB para comemorar os 30 anos da Constitui��o: "Todo poder emana do povo" (foto: Minervino Junior/CB/D.A Press)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou que a Corte esteja passando por uma crise de discord�ncia entre seus membros. Ao discursar na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ontem, ele minimizou a tens�o entre os magistrados. Nos �ltimos dias, o Supremo tem sido palco de uma guerra de liminares envolvendo o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e o pedido de ve�culos de imprensa para que ele conceda entrevistas dentro da pris�o, em Curitiba, onde cumpre pena por corrup��o e lavagem de dinheiro. O clima conflituoso aumentou quando o ministro Ricardo Lewandowski decidiu autorizar que o petista converse com jornalista, contrariando o colega de tribunal.

Fux acatou um pedido do Partido Novo para que Lula seja impedido de conceder entrevistas. A decis�o foi contrariada por Lewandowski, que emitiu liminar, com for�a de mandado, para que dois jornalistas pudessem entrevistar o ex-presidente. O magistrado apontou erros na avalia��o do colega. Entidades de imprensa acusaram Fux de promover a censura e violar a Constitui��o.

Posteriormente, o presidente do STF, Dias Toffoli, decidiu manter a determina��o de Fux, proibindo entrevistas at� que o caso seja definido em plen�rio. � poss�vel que o assunto seja pautado para julgamento hoje, quando os magistrados se re�nem pela primeira vez ap�s o in�cio da primeira crise da gest�o de Toffoli.

Voz do povo


Durante um evento da OAB, em comemora��o aos 30 anos da Constitui��o, Fux disse que o STF toma decis�es com base no que a sociedade espera da Justi�a. “� luz de princ�pios constitucionais, n�s conseguimos plasmar decis�es que s�o aquelas que o povo espera do Judici�rio, porque a Constitui��o afirma que todo poder emana do povo e para o povo deve ser exercido”, afirmou.

As declara��es causaram rea��es entre advogados e conselheiros da OAB que estavam no evento. Nos bastidores, a avalia��o � de que o ministro deu a entender que as normas jur�dicas podem ser relativizadas para atender anseios populares. No Supremo, questionado pela imprensa, ele voltou a falar do assunto. “S�o embates que passam. At� mesmo porque para brigar comigo tem que ter p�s-gradua��o em Harvard”, completou. O ministro Lewandowski afirmou que n�o ocorreram brigas, mas “decis�es nos autos”.


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