Engenheiro civil e empres�rio da �rea de tecnologia e inova��o, Rodrigo Paiva, de 54 anos, disputa pela terceira vez uma elei��o. Em 1992, concorreu a uma vaga na C�mara Municipal de Belo Horizonte e, em 2002, fez campanha por uma cadeira no Senado, mas nos dois casos n�o foi eleito.
Nas duas disputas, Paiva era filiado ao Partido Liberal (PL), que n�o existe mais. A sigla foi fundida, em 2006, com o Prona, dando origem ao Partido da Rep�blica (PR). Com a cria��o do Novo, em 2011, o candidato voltou a se filiar a uma sigla partid�ria e agora tentar um vaga no Parlamento.
Nesta entrevista por e-mail ao EM, Paiva explica que foi justamente a cria��o do Novo que o motivou a voltar a disputar uma elei��o. Se eleito, diz que vai lutar pela simplifica��o de impostos e pela cria��o de mecanismos legislativos que incentivem investimentos em pequenos e m�dios empreendedores, economia criativa.
Qual a estrat�gia do partido para se diferenciar das demais legendas, validando a ideia de novidade na pol�tica?
O Novo � diferente desde a sua forma��o. O partido tem uma estrutura de governan�a que separa a diretoria de seus candidatos: presidentes e outros membros da estrutura partid�ria n�o podem ser candidatos. Outro aspecto se refere ao processo seletivo dos candidatos, uma inova��o na pol�tica brasileira, cuja tradi��o � oferecer candidatos “donos de currais eleitorais”, que chegam �s suas candidaturas n�o por m�rito, mas sim por conchavos pol�ticos ou influ�ncia econ�mica. O partido tamb�m se recusa a utilizar recursos p�blicos em campanha, algo que nenhum partido se dignou a fazer.
De acordo com as �ltimas pesquisas, o senhor n�o aparece entre os primeiros colocados na inten��o de voto dos eleitores. Qual a estrat�gia para reverter essa tend�ncia?
Mostrar ao eleitor nossas ideias e propostas, e tamb�m nossa postura em rela��o � pol�tica e aos modos de fazer pol�tica. Acreditamos na capacidade de an�lise do eleitor e na qualidade de nossas propostas. Esta � a elei��o das m�dias sociais e do WhatsApp e estamos investindo muito nisso, j� que n�o utilizamos dinheiro p�blico na campanha. Queremos vencer no campo das ideias, no campo da postura pol�tica e da nova maneira de fazer pol�tica no Brasil. Minas tem �tica, e acreditamos que os mineiros n�o v�o eleger uma candidata que j� provou sua incapacidade ao Brasil.
Se eleito, o que Minas pode esperar de seu mandato para o desenvolvimento do estado?
Cria��o de mecanismos legislativos que incentivem investimentos em pequenos e m�dios empreendedores, economia criativa (moda, setor cultural, artes visuais, entre outros), simplifica��o de impostos (IVA), incentivo a startups e novas tecnologias, aprimoramento do sistema de sa�de e do Judici�rio, aten��o �s quest�es ambientais e investimento massivo em educa��o b�sica.
O senhor tem defendido a gest�o das escolas p�blicas pela iniciativa privada. Por qu�?
Entendo que a administra��o privada � mais eficiente e sem v�cios do que a administra��o p�blica. O atendimento e o car�ter p�blico das escolas permanecem, mas sendo administradas pela iniciativa privada podemos cobrar com mais efici�ncia os resultados e metas que se exigem do setor. J� na administra��o p�blica essa cobran�a � mais dif�cil, al�m de sua estrutura estar � merc� de mudan�as pol�ticas e ideol�gicas. Educa��o n�o pode ser tratada como elemento pol�tico, nem moeda de troca partid�ria. � um assunto muito s�rio para ficar nas m�os vol�teis da pol�tica que temos hoje.
Al�m da educa��o, o senhor defende a gest�o da iniciativa privada para quais setores?
O Estado deve atuar e fazer bem feito nas �reas de sa�de, educa��o e seguran�a. Correios, bancos e setor petrol�fero, por exemplo, devem ser geridos pela iniciativa privada, quebrando os monop�lios, trazendo a gest�o eficiente para esses ambientes, tornando-os mais competitivos e assim gerando mais emprego e renda para nossa popula��o.
Qual seria o papel do estado?
O Novo entende – e eu compartilho desse entendimento – que o Estado deve se ocupar de sa�de, seguran�a e educa��o. Em todas as outras �reas a iniciativa privada, o cidad�o e a sociedade se responsabilizam. Isso n�o impede que a iniciativa privada contribua na gest�o destes setores, balizada sempre por pol�ticas de Estado e n�o de governo.