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Estado de Minas POL�TICA

Em Londres, brasileiro viaja mais de 6 horas para votar

Irineu de Oliveira mora h� 10 anos no Reino Unido. Tirou o t�tulo em 2001 e nunca votou, nem no Reino Unido, nem no Brasil


postado em 07/10/2018 07:50 / atualizado em 07/10/2018 08:15

Embaixada do Brasil em Londres(foto: Wikipédia/Divulgação)
Embaixada do Brasil em Londres (foto: Wikip�dia/Divulga��o)


Muitos vieram de longe e sozinhos para participar, em Londres, da elei��o do primeiro turno para a Presid�ncia - a cidade � o �nico col�gio eleitoral no Reino Unido. Outros vieram em fam�lia e, os que quiseram declarar seus votos, mostraram que t�m o mesmo candidato em seu n�cleo familiar. No consulado, h� quase 26 mil inscritos para esta elei��o, que come�ou �s 8 horas e est� prevista para encerrar �s 17 horas, com a previs�o para a divulga��o do resultado local por volta das 18 horas - o Reino Unido est� quatro horas � frente do Brasil, atualmente.

Irineu de Oliveira mora h� 10 anos no Reino Unido. Tirou o t�tulo em 2001 e nunca votou, nem aqui, nem no Brasil. "Nunca tive vontade de escolher nenhum presidente e nessa elei��o vim votar no 30, no Jo�o Amo�do (Novo)", declarou. "Acho que as ideias dele s�o coerentes com o que acredito", continuou. O professor, escritor e linguista disse que, como s�o hoje, os partidos pol�ticos n�o funcionam e defendeu que quem se tornasse um candidato recebesse apenas ajuda de custo, e n�o um sal�rio, muito menos de alto valor. "(O pol�tico) Deveria trabalhar de gra�a", argumentou.

Questionado sobre a baixa probabilidade de Amo�do chegar ao segundo turno, como apontam as pesquisas, Oliveira disse que acredita que o apoio ao candidato do Novo � maior do que o que mostram os levantamentos. "Mesmo que ele n�o ganhe agora, acho que vale para daqui a quatro anos. A ideia dele vale muito", afirmou, dizendo que n�o apoia o PT ou o MDB, do presidente Michel Temer, nem o candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "Se no segundo turno s� tiver esses dois eu n�o venho votar, eu justifico", disse, rindo. O s�o-paulino que vestia a camisa de seu time mora em Glasgow, na Esc�cia, e levou pouco mais de seis horas de �nibus para se deslocar at� Londres nesta manh�.

Tamb�m de outra cidade vieram as irm�s Glynys e Cec�lia Page, que s�o donas de casa em Ergham. As duas declararam que votaram no candidato do PSL, Jair Bolsonaro. "Agora eu posso falar", disse Glynys, que vive h� 18 anos no Reino Unido. Questionada por que agora se sentia liberada a dizer seu voto, respondeu: "Meu bem, voc� sabe a controv�rsia que est� causando, n�o �? Ent�o, para evitar confronto, eu preferi manter o voto secreto at� agora". Ela n�o pretende mais voltar para o Brasil, disse que o filho j� nasceu na Inglaterra e sua vida se consolidou no exterior. "Mas eu venho votar, brasileiro tem que votar. Meu filho, daqui a dois anos, vai votar tamb�m", disse.

A irm� mora no Reino Unido h� quase 12 anos e avalia que o Brasil perdeu o rumo "de tudo". "Est� faltando respeito, a gente est� sem nada no Brasil", pontuou. Cec�lia lembrou que atualmente n�o � mais poss�vel manter um h�bito que mantinha no passado, que era o de se sentar em frente a sua casa, a partir das 7 horas da noite. Questionada sobre se Bolsonaro ter� condi��es de resolver quest�es como esta, disse: "N�o acredito que imediatamente, mas estou torcendo para que sim". O que ela defende, argumentou, � o respeito ao "cidad�o direito". Ela argumentou que se algum malfeito � cometido, surgem advogados e representantes dos direitos humanos para a defesa, mas que um trabalhador que � assassinado e deixa uma fam�lia n�o recebe o mesmo acompanhamento. "E ainda d�o raz�o para quem me matou", concluiu.

Da�se Rodrigues tamb�m escolheu o candidato do PSL. "O Brasil precisa de uma sacudida bem forte, de disciplina. O brasileiro n�o tem disciplina, e um militar faz falta", argumentou ela, que trabalha com servi�o de comida brasileira e portuguesa e est� h� 22 anos na Inglaterra e vive em Windlesham. Para a eleitora, Bolsonaro n�o representa, no entanto, um "miliar da �poca dos militares". "Isso nunca vai voltar, n�o � poss�vel. O que tem que voltar � a disciplina. O brasileiro precisa voltar � fam�lia, a respeito e o brasileiro esqueceu isso." Ela disse que poderia haver mais op��es de lugar para votar fora de Londres, facilitando a vida dos brasileiros que est�o no pa�s. De p� �s 6 horas para votar, a inten��o foi chegar cedo ao centro da capital brit�nica, a embaixada fica perto de Trafalgar Square, um dos pontos tur�sticos da cidade. "� bom chegar cedo porque n�o pegamos muita confus�o. Londres � confus�o", afirmou. A inten��o de votar, segundo ela, se d� pela vontade de fazer alguma coisa pelo Pa�s. "A fam�lia est� l�, o cora��o est� l�", disse.

Fernando, de 38 anos e que cuida do pr�prio neg�cio na Inglaterra, j� tinha se despedido da reportagem quando voltou para pedir que seu sobrenome n�o fosse mencionado. "A elei��o est� muito pulverizada, e n�o quero virar meme", argumentou. Eleitor do Bolsonaro hoje, disse que seu candidato inicial era Geraldo Alckmin (PSDB), mas que faria qualquer coisa para que o PT n�o voltasse ao poder, ent�o fez a escolha pelo candidato do PSL. Rapidamente ele respondeu que "n�o" quando questionado sobre se acreditava que Bolsonaro poderia resolver os problemas do Pa�s. "A escolha � entre a extrema-direita e a m�fia", afirmou ele, que mora no Reino Unido desde 2002 e que vota em Londres desde 2006. "Se o moderado n�o � capaz de entender e votar em um cara com experi�ncia, a gente se v� obrigado a isso", explicou.

J� a fam�lia Formighieri veio do litoral, de Bournemouth, a 170 quil�metro a sudoeste de Londres para votar unida no candidato do PT, Fernando Haddad. O pai Luiz, a m�e Terezinha, o filho Pedro e a filha �ngela acreditam que o candidato � o mais preparado para o cargo atualmente. "Falam que na �poca da ditadura n�o tinha bandido? Eu servi em Bras�lia como soldado no quartel e tinha roubo de carro, tinha de tudo", afirmou. �ngela acredita ser poss�vel vencer Bolsonaro no segundo turno, talvez com avan�o de Ciro Gomes (PDT) no resultado de hoje. Sobre o coment�rio de que foram os primeiros encontrados em duas horas que votariam no PT, Luiz comentou. "Aqui em Londres, tradicionalmente o partido perde", comparou.


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