Depois de votar em um col�gio de Higien�polis, na regi�o central de S�o Paulo, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou a jornalistas, na manh� deste domingo, 7, que v� a democracia "enraizada" no Brasil, ap�s ter sido questionado sobre se "se o crescimento da extrema-direita representava uma amea�a" ao sistema democr�tico.
Na vis�o de FHC, � preciso fortalecer as institui��es para que o povo possa ter vez. "Se n�o h� institui��es, n�o tem povo, quem mande, a� � caudilho, e isso eu n�o gosto", disse.
De cal�a jeans e moletom azul, o ex-presidente, que mora no mesmo bairro onde vota, se dirigiu ao col�gio a p�, acompanhado de assessores. Ao ser notado pela imprensa enquanto chegava pela cal�ada, acabou sendo cercado de c�meras e prometeu que, depois de votar, falaria com os jornalistas.
Reconhecido por eleitores, cumprimentou alguns deles e chegou at� a tirar foto com uma mes�ria. Ao deixar a urna, caminhou at� o p�tio da escola e passou a responder �s perguntas da imprensa.
Disse que votou para presidente no colega de partido Geraldo Alckmin, afirmou que haver� segundo turno e acrescentou que espera que o ex-governador de S�o Paulo esteja l�. No entanto, evitou responder em quem votaria em eventual segundo turno entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), que lideram as pesquisas. "Voc� acha que eu nasci ontem para dizer agora em quem vou votar no segundo turno?", disse o ex-presidente, que afirmou ser "inven��o" o rumor de que ele teria prefer�ncia por Haddad.
O ex-presidente admitiu, por�m, que tem preocupa��es com uma disputa entre Bolsonaro e Haddad, em rela��o � capacidade de governar de ambos. "O Pa�s est� dividido. Quem ganhar tem de explicar ao povo o que vai fazer, porque o sistema p�blico financeiro est� ca�tico e a d�vida p�blica n�o para de crescer. Pode prometer o que quiser que n�o tem dinheiro", afirmou. "Em um cen�rio dividido, tem de explicar ao povo para ter apoio, e sem apoio do povo o Congresso d� as cartas", disse.