
O petista destacou que tentar� a virada nas elei��es com ideias, n�o com armas. No primeiro turno, ele ficou com 28,95% dos votos v�lidos, contra 46,26% de Bolsonaro.
” Sempre estive do lado da liberdade, do lado da democracia, n�o vou abrir m�o dos meus valores. Os meus valores s�o valores familiares inclusive, que infelizmente foram atacados nos �ltimos dez dias de forma muito sorrateira, mas o segundo turno nos abre uma oportunidade de ouro para discutir frente a frente, olho no olho, sem medo de ser feliz, sem medo do melhor argumento, e vencer essas elei��es. Viva o Brasil, viva a democracia, viva o povo brasileiro”, discursou.
Desde a primeira elei��o direta, em 1989, nenhum candidato que terminou o primeiro turno na segunda posi��o conseguiu ser eleito na disputa contra o l�der. Quem esteve mais perto de quebrar essa escrita foi A�cio Neves (PSDB), em 2014. O ex-governador de Minas Gerais e atual senador da Rep�blica obteve 48,36% dos votos v�lidos, contra 51,64% de Dilma Rousseff, do PT.
Mas Haddad considera essa elei��o at�pica e confia numa virada do PT, apesar de Bolsonaro ter conseguido o dobro dos votos v�lidos.
”N�s achamos que h� muita coisa em jogo no Brasil de 2018 e � uma elei��o incomum. � diferente do que aconteceu de 1989 pra c�, � uma elei��o muito diferente de todas que n�s j� participamos. N�s j� estivemos sempre em segundo lugar, sempre no segundo turno, quando houve segundo turno, ou em segundo lugar quando n�o houve segundo turno. N�s participamos de todas as elei��es desde 1989. E n�s asseveramos, essa de 2018 coloca muita coisa em jogo, muita coisa em risco, eu diria que o pr�prio pacto da Constituinte de 1988 est� em jogo em fun��o das amea�as que sofre quase que diariamente. N�s vamos enfrentar esse debate, n�s queremos enfrentar esse debate muito respeitosamente. N�s vamos para o campo democr�tico com uma �nica arma, com o argumento. N�s n�o portamos armas, n�s vamos com a for�a do argumento para defender o Brasil e o seu povo, sobretudo o povo mais sofrido desse pa�s que espera responsabilidade social de todos n�s”, disse Haddad.
O foco da campanha no segundo turno ser� baseada, segundo Haddad, na manuten��o da “soberania nacional e a soberania popular”.
”Gostaria de dizer a voc�s que me sinto extremamente honrado pelos votos que recebi hoje, que garante o Partido dos Trabalhadores no segundo turno. Quero dizer a voc�s que me sinto tamb�m desafiado pelos resultados, s�o bastante expressivos, no sentido de nos fazer atentar para os riscos que a democracia no Brasil corre. A oportunidade de um segundo turno � uma oportunidade particularmente em 2018, inestim�vel que o povo nos deu. E que n�s precisamos saber aproveitar com sobriedade, mas tamb�m com senso de responsabilidade. N�s queremos unir os democratas do Brasil, queremos unir as pessoas que t�m aten��o aos mais pobres desse pa�s, t�o desigual. N�s queremos um projeto amplo para o Brasil, profundamente democr�tico, mas tamb�m que busque, de forma incans�vel, justi�a social. Al�m disso, n�s colocamos a soberania nacional e a soberania popular, que s�o dois conceitos irm�os, indissoci�veis, conceito de soberania nacional e soberania popular acima de qualquer outro interesse, e vamos fazer um governo, se formos vitoriosos no segundo turno, e iniciaremos amanh� a campanha para sermos vitoriosos no segundo turno...N�s queremos unir o pa�s em torno desse conceito”.
Em seus agradecimentos, Haddad lembrou o ex-presidente Lula, que est� preso em Curitiba por conta de crimes de corrup��o na opera��o Lava Jato. “Queria agradecer em primeiro lugar � minha fam�lia, que me acompanha h� tanto tempo, minha esposa, h� 30 anos comigo, queria agradecer o meu partido, Partido dos Trabalhadores, agradecer ao presidente Lula, queria agradecer os partidos da nossa coliga��o, PC do B e PROS, que tiveram conosco todo esse tempo”.
Ao fim do seu discurso, Haddad disse que j� havia tido contato com tr�s candidatos derrotados no primeiro turno: Ciro Gomes (3º, do PDT); Marina Silva (8ª, da REDE); e Guilherme Boulos (10º, do PSOL).
Ao fim da manifesta��o de Haddad, os petistas gritaram em peso: “Brasil, urgente, Haddad presidente!”