Ao contr�rio do que esperava a campanha de Fernando Haddad (PT), Ciro n�o vai chefiar a equipe do programa econ�mico do petista. A ideia � que o pedetista n�o suba no palanque com Haddad, muito menos fa�a fotos para indicar o "apoio cr�tico", aprovado em reuni�o da Executiva nacional do PDT nesta quarta-feira, 10.
O PT pretendia insistir com Ciro para que ele integrasse a coordena��o da campanha de Haddad. Nos bastidores, o convite era tratado como um primeiro passo para Ciro assumir um minist�rio em eventual governo Haddad. Na campanha petista, o nome dele � citado para comandar o Planejamento ou a Fazenda.
Para se distanciar do PT, o presidente do PDT, Carlos Lupi, se antecipou e disse na quarta-feira que o partido vai lan�ar Ciro Gomes como candidato para 2022, j� ap�s o fim do segundo turno. "N�o faremos nenhuma reivindica��o (junto ao PT). Ser� um voto claro sem participa��o na campanha e com a certeza de que n�o participaremos de nenhum governo, mesmo se Haddad ganhar a elei��o. Vamos come�ar a construir agora 2022, j� estamos decididos a lan�ar a candidatura de Ciro Gomes", afirmou.
Outra forma de mandar sinais negativas ao PT foi anunciar que o PDT, independentemente de quem ven�a o segundo turno, estar� na oposi��o em 2019. O motivo da resist�ncia do PDT em se aproximar da campanha de Haddad foram os "ataques" que os petistas fizeram � candidatura de Ciro Gomes, durante o processo eleitoral.
Orquestrada com aval do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, o PT fez uma manobra ainda no primeiro turno que atrapalhou as negocia��es de apoio do PSB � candidatura de Ciro. O caso foi encarado como uma rasteira do PT no partido. Na ocasi�o, os petistas retiraram candidaturas em outros Estados para n�o atrapalhar nomes do PSB que disputavam os mesmos cargos. Em troca, os socialistas se comprometeram a ficarem neutros no primeiro turno, em vez de apoiarem o presidenci�vel do PDT.