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Estado de Minas POL�TICA

'� preciso nova bibliografia para escolas', diz integrante da equipe de Bolsonaro

Contr�rio � pol�tica de cotas, defende a "preval�ncia do m�rito" e diz que, se a ideia for aceita por Bolsonaro, ser�o estudadas medidas "n�o traum�ticas" para substituir as regras


postado em 15/10/2018 12:20 / atualizado em 15/10/2018 12:47

� frente do grupo que elabora propostas para o Minist�rio de Educa��o de um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), o general Al�ssio Ribeiro Souto diz que "� muito forte a ideia" de se fazer ampla revis�o dos curr�culos e das bibliografias usadas nas escolas para evitar que crian�as sejam expostas a ideologias e conte�do "impr�prio". Ele defende que professores exponham a verdade sobre o "regime de 1964", narrando, por exemplo, mortes "dos dois lados".

Ex-chefe do Centro Tecnol�gico do Ex�rcito, foi chamado a coordenar debates de ci�ncia e tecnologia, mas acabou acumulando Educa��o "por afinidade". Contr�rio � pol�tica de cotas, defende a "preval�ncia do m�rito" e diz que, se a ideia for aceita por Bolsonaro, ser�o estudadas medidas "n�o traum�ticas" para substituir as regras. "Querem atribuir a Bolsonaro condi��o ditatorial. � chamado at� de nazista. � mentira deslavada", disse.

Qual ser� o desenho do MEC?

Preconizamos que Esporte e Cultura devam estar dentro do Minist�rio da Educa��o. Ah, mas o pessoal da cultura � contra. Isso � besteira. O Estado pode ser pequeno. O importante � funcionalidade e gest�o.

Qual � a mudan�a priorit�ria?

Levantamos 14 "ideias b�sicas" para Educa��o. Elas incluem valoriza��o dos professores, motiva��o dos alunos, altera��o da forma��o das licenciaturas, revis�o completa dos processos educacionais da base curricular, efetivo emprego dos recursos. H� dinheiro indo para o ralo da corrup��o e h� m� gest�o pura e simples. Voc� n�o pode dobrar o recurso para a Educa��o, mas pode, a cada ano, aumentar 0,5% mais do que a m�dia do or�amento.

Preveem reorganiza��o na destina��o dos recursos?

Em um Pa�s razo�vel, 30% ou 40% dos recursos s�o destinados ao ensino superior. Aqui, a matriz deve ter chegado a 70% para ensino superior. Precisamos alterar, mas n�o se faz facilmente. Teria de mandar metade das pessoas embora. N�o � assim que as coisas acontecem, n�o queremos regime ditatorial. Na democracia � diferente, tem de ser pactuado, aos poucos. Para ter transforma��o efetiva da sociedade, como ocorreu no Jap�o e na Finl�ndia, precisamos de 60 anos. Mas tudo tem de ser desencadeado agora. Valorizar professor tem de come�ar agora.

Melhorar�o a remunera��o?

A remunera��o � quinto ou sexto t�pico a se considerar. Pagar muito bem � uma absoluta impossibilidade agora. Antes disso, precisa do discurso de que o magist�rio � importante, dar forma��o aos que j� est�o, e resgatar autoridade do professor. Tem de ter a ideia de que, depois dos pais, reverenciamos os professores. � absolutamente inaceit�vel a agress�o ao professor e aos pais. Tem de ser reprimido.

Como fazer isso?

Dentro dos meios democr�ticos e legais. Aquele que amea�ar agredir o professor, aquele que dirigiu uma palavra mal dita ao professor, tem de haver repress�o. Democr�tica.

E como �?

Tem de ser retirado da sala. Se agredir, pol�cia. A pol�cia leva as crian�as e atua atrav�s do ECA (Estatuto da Crian�a e do Adolescente). Para adultos, pol�cia pura e simples. Delegacia. N�o pode haver d�vida.

Como fica a pol�tica de cotas?

Uma das ideias � a preval�ncia do m�rito. O Pa�s deve chegar ao momento que n�o precisar� de cotas. � remendo. Mas eliminar agora? � preciso equil�brio. Que tal ensino complementar aos desassistidos? Pobre branco de olhos azuis n�o tem direito? Se a ideia da preval�ncia do m�rito for acolhida, estudaremos solu��es n�o traum�ticas. Querem atribuir ao Bolsonaro a condi��o ditatorial. � chamado at� de nazistas. � mentira deslavada.

Como ficam Prouni e Fies?

O financiamento precisa continuar. Os mais talentosos entre os pobres t�m de ter acesso ao n�vel superior. O Prouni requer estudo, mas n�o vejo raz�o para pensar em acabar.

Por que revisar o curr�culo?

� muito forte a ideia de revis�o dos processos curriculares, das bibliografias. Isso precisa ser muito cuidado para n�o termos absurdos que vimos na TV, como a distribui��o de livros que deixam qualquer m�e estupefata. Determinadas coisas s�o responsabilidade dos pais. A escola n�o tem de influenciar para uma dire��o ideol�gica. Estamos colocando revis�o completa dessas quest�es curriculares.

O senhor se disse a favor de retirar livros sem "a verdade" sobre 64.

A �nica coisa que vou falar sobre 64 � que s� aceito ler e debater aspectos do regime � luz da liberdade e de praticar a verdade, a coragem e a �tica.

O senhor entende que os livros erram ao tratar como golpe?

A quest�o de golpe � a menor. H� quem diga que o afastamento da Dilma, feito no �mbito do Congresso, foi golpe. Mas sonegar para crian�as o que ocorreu? N�o concordo. Quando voc� trata dos problemas e das mortes - e guerra traz mortes -, tem de tratar dos dois lados. Existe a verdade. Ela nem sempre tem sido retratada.

Como pensa em atacar isso?

Orientar toda a cadeia de gest�o, at� o professor na sala de aula, que n�s buscamos a paz e a harmonia atrav�s da democracia e de praticar a verdade. E n�o usar mentira e canalhice. E a� � a mudan�a que o Bolsonaro ofereceu ao povo e que foi acolhida majoritariamente.


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