
De acordo com a den�ncia entregue pelo Minist�rio P�blico do Trabalho (MPT), um comunicado foi fixado no mural da empresa, cobrando que seus funcion�rios votassem no presidenci�vel do PSL nas elei��es 2018, Jair Bolsonaro. "Todos os funcion�rios tem (sic) o direito de votar em quem quiser para presidente, de direita (sic), de esquerda, de centro, n�o tendo nada com a consci�ncia de seu voto. Apenas a empresa avisa que se no 1º de janeiro de 2019 o Sr. Jair Messias Bolsonaro n�o estiver sentado na cadeira presidencial, a empresa fecha."
A decis�o da ju�za Clarice dos Santos Castro, da 30ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, considerou a pr�tica "um abuso do poder diretivo e da posi��o hier�rquica" da empresa. Para a magistrada, levando em conta a situa��o econ�mica do Pa�s, o comunicado pode fazer os empregados "temerem por seus empregos, fazendo com que sejam potenciais alvos de press�es psicol�gicas das mais variadas esp�cies."
Al�m disso, a ju�za tamb�m considerou a situa��o pol�tica no Brasil, "bastante polarizada" e "propensa a radicalismos", para aceitar a den�ncia do MPT. "Demonstrando um cen�rio social extremamente delicado e carecedor de atua��es que visem assegurar a liberdade de escolha dos eleitores, o respeito e o equil�brio entre as pessoas."
A ju�za determinou a imediata retirada dos comunicados que pediam voto em Bolsonaro e que a decis�o judicial fosse anexada nos murais e nas redes sociais da mineradora. A puni��o � uma forma da empresa demonstrar a "impossibilidade e ilegalidade de se realizar campanha pr� ou contra determinado candidato, coagindo, intimidando, admoestando ou influenciando o voto de seus empregados, com abuso de poder diretivo."
Procurada pela reportagem, a Flapa n�o se posicionou sobre o assunto.