
Sem citar processos espec�ficos, a ministra afirmou que as a��es de investiga��o propostas devem respeitar o processo legal e que "a justi�a eleitoral n�o combate boatos com boatos, h� um tempo para resposta respons�vel".
O TSE deu in�cio na sexta-feira, 19, a uma a��o de investiga��o eleitoral a pedido do PT diante da suspeita de que empresas possam ter pago a divulga��o de not�cias falsas contra o partido de modo a beneficiar o concorrente, Jair Bolsonaro (PSL). Em outro procedimento, a Pol�cia Federal abriu, a pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica um inqu�rito para apurar se houve utiliza��o de esquema profissional por parte das duas campanhas com o prop�sito de propagar not�cias falsas. Tamb�m presente na coletiva de imprensa, o ministro de Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, destacou que esse inqu�rito tramitar� sob sigilo.
Rosa Weber disse o TSE dar� "respostas fundamentadas no �mbito das a��es judiciais que s�o propostas, e as a��es judiciais exigem o devido processo legal como previsto na Constitui��o". "A desinforma��o deliberada ou involunt�ria que visa o descr�dito da justi�a eleitoral tem que ser combatida, com informa��o respons�vel e objetiva, tudo com a transpar�ncia que exige o Estado Democr�tico de Direito", afirmou.
Sobre o ambiente nas elei��es, a presidente do TSE avaliou que "os n�veis de disc�rdia atingem graus inquietantes", mas, segundo ela, apesar disso, o primeiro turno das elei��es transcorreu "em clima de normalidade". Na oportunidade, a ministra aproveitou para defender a imprensa livre. Embora ela n�o tenha deixado claro, o coment�rio se d� em um contexto no qual jornalistas e ve�culos de informa��o tem recebido ataques nas redes sociais. "Sem imprensa livre n�o h� democracia", disse.
O ministro Raul Jungmann destacou que a Pol�cia Federal tem atuado e ir� atuar sempre que for solicitado para apurar crimes eleitorais, enfatizando que o �rg�o s� tem compet�ncia para atuar se houver determina��o expressa da justi�a eleitoral. Ele fez tamb�m um balan�o sobre a atua��o da PF e disse que, at� agora, j� foram identificados 2.265 crimes eleitorais, sendo 1.372 de boca de urna. Tamb�m houve 251 pris�es em flagrante. Jungmann informou que os centros integrados de seguran�a e controle retornar�o aos trabalhos no in�cio da pr�xima semana visando � realiza��o da elei��o do segundo turno das elei��es no pr�ximo domingo.
O ministro Tarc�sio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que o tribunal jamais subestimou os impactos desastrosos de not�cias falsas no processo eleitoral, "catapultadas por recursos de alta tecnologia, principalmente em campanhas de curta dura��o". Segundo Vieira, o TSE fez esfor�os para tornar a elei��o de 2018 um ambiente f�rtil para circula��o de ideias e destacou a preocupa��o da corte com as fakes news que questionam a seguran�a e confiabilidade das urnas eletr�nicas. "TSE est� especialmente preocupado com fake news que abalam e colocam desconfian�a sobre a vota��o eletr�nica e a justi�a eleitoral", disse.
Presente tamb�m � coletiva, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, afirmou que as urnas s�o seguras e n�o foram violadas. "Em todas as urnas havia um lacre e em nenhuma delas ele foi quebrado ou adulterado", disse. Um porta-voz da �rea de tecnologia da informa��o do TSE deu explica��es t�cnicas e tamb�m afirmou que n�o houve irregularidades verificadas nas urnas no primeiro turno. Possibilidade de fraudes � uma tese que vem sendo difundida pelo candidato Jair Bolsonaro e seus apoiadores e recha�ada pelas autoridades eleitorais.
O ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia da Rep�blica, Sergio Etchegoyen, falou que � preciso "construir uma pacifica��o", em um momento que, na vis�o dele, surgem e s�o difundidas muitas preocupa��es nesta reta final de elei��o.
"J� vivemos muitas v�speras do ju�zo final, muitas v�speras do fim do mundo. Toda e qualquer tentativa de fraudar a legalidade e a legitimidade do processo encontrar� pela frente todos os instrumentos de que disp�e o Estado Brasileiro. N�o podemos fazer desta semana mais uma v�spera de apocalipse", disse.
Compareceram � coletiva na sede do TSE, al�m da presidente da corte, ministra Rosa Weber, o ministro Tarc�sio Vieira e o vice-procurador-geral eleitoral, o ministro de Seguran�a P�blica, Raul Jungmann; o ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional da Presid�ncia da Rep�blica, Sergio Etchegoyen; a ministra da Advocacia-Geral da Uni�o, Grace Mendon�a; o diretor de Combate ao Crime Organizado da Pol�cia Federal, Elzio Vicente da Silva; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia.