Zema e Anastasia prometem pagar em dia repasses a munic�pios

 

Diante de uma plateia tomada por centenas de prefeitos, o senador Antonio Anastasia (PSDB) assinou ontem um documento se comprometendo a colocar em dia os repasses para os munic�pios mineiros – que cobram uma d�vida de mais de R$ 9 bilh�es do governador Fernando Pimentel (PT) referentes a verbas como o IPVA, ICMS e Fundeb.

O empres�rio Romeu Zema (Novo) foi convidado para participar da sabatina promovida pela Associa��o Mineira de Munic�pios (AMM), mas sua assessoria divulgou que ele n�o poderia ir por  atraso na agenda. O an�ncio da aus�ncia provocou vaias dos prefeitos. O presidente da entidade, Julvan Lacerda, lamentou o fato de Romeu Zema n�o participar do evento. “Era importante ele apresentar as ideias dele para os prefeitos”, disse.

Anastasia apresentou suas propostas e respondeu a perguntas dos presentes durante quase duas horas. E fez fortes cr�ticas � reten��o de verbas pelo governo Pimentel. “� in�dito reter recursos constitucionais vinculados aos munic�pios. Est�o em uma situa��o grav�ssima pela aus�ncia desses repasses”, afirmou o candidato. A promessa dele �, se eleito, reunir-se como os prefeitos para discutir o d�ficit e regularizar o fluxo de repasses a partir de janeiro.

Na avalia��o de Anastasia, para recuperar a credibilidade do estado, � fundamental que os sal�rios dos servidores voltem a ser pagos de forma integral e at� o quinto dia �til de cada m�s e os repasses constitucionais sejam feitos de forma regular para os munic�pios.

‘MANIFESTA��ES S�O LIVRES’

Depois de ter sido vaiado por aus�ncia em sabatina em Belo Horizonte, o candidato Romeu Zema afirmou que, num pa�s democr�tico, “as vaias s�o livres”. Por causa de atraso na agenda em Uberl�ndia, no Tri�ngulo Mineiro, ele n�o conseguiu decolar a tempo de chegar ao painel promovido pela AMM. “Vivemos em um pa�s democr�tico, em que as manifesta��es s�o livres”, disse.

Zema tamb�m se posicionou sobre a declara��o do presidente da AMM, Julvan Lacerda, de que 90% dos munic�pios n�o v�o conseguir pagar os sal�rios de dezembro e o 13º. “O estado est� terminando o ano sem caixa para cobrir despesas contratadas em 2018, o que � proibido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF)”, afirmou. Segundo ele, seu plano de governo prev� restaura��o de todos os repasses.

O candidato explica que isso se dar� por meio do “equacionamento das contas”, enxugamento da m�quina p�blica e renegociamento da d�vida do estado com a Uni�o. “Nesse sentido, o corte de privil�gios est� na ordem do dia, assim como uma nova pol�tica que simplifique a arrecada��o. Nossa administra��o pretende atender, de forma urgente, �s necessidades dos munic�pios e o povo mineiro”, ressaltou.

Ele atribui a crise aos �ltimos governantes mineiros, em refer�ncia ao governador Fernando Pimentel e ao seu advers�rio Antonio Anastasia. Segundo Zema, todas as medidas a serem adotadas passar�o por avalia��o da equipe econ�mica, coordenada pelo economista Gustavo Franco.