
"Vamos ganhar a elei��o. N�o tenho d�vida", afirmou Haddad, logo no in�cio do discurso, em um palco montado nos Arcos da Lapa, ponto tur�stico do bairro bo�mio do Centro do Rio. "Bolsonaro disse em discurso transmitido na Avenida Paulista no domingo que, depois das elei��es, eu teria dois destinos: a pris�o ou o ex�lio. Resolvi derrotar Jair Bolsonaro no domingo", disse o petista.
O ato foi organizado para demonstrar apoio da classe art�stica a Haddad. O tom otimista inflamou o p�blico - a organiza��o falou, ao microfone, em 70 mil pessoas na pra�a abaixo dos Arcos da Lapa - e contrastou com o discurso do rapper Mano Brown. O cantor e compositor criticou o clima de festa e culpou a falha de comunica��o do PT com os eleitores das classes populares pela eventual elei��o de Bolsonaro, que considera definida. "Falar bem do PT para a torcida do PT � f�cil. Tem uma multid�o que n�o est� aqui que precisa ser conquistada", disse o rapper.
Ao discursar no encerramento do ato, Haddad disse que entendia e respeitava o que disse Brown. "O que ele disse � s�rio", afirmou o candidato do PT, defendendo que � preciso "dar raz�o" �s pessoas que est�o votando em Bolsonaro n�o porque confiam nele, mas porque "est�o desesperadas". "Temos que, nesta semana, abra�ar essas pessoas, que sempre estiveram conosco", afirmou Haddad.
O petista tamb�m criticou Bolsonaro e sua recusa a participar de debates. Numa refer�ncia � entrevista com Bolsonaro transmitida nesta ter�a-feira pela afiliada do SBT no Piau�, em que Bolsonaro disse que era preciso acabar com o "coitadismo" das minorias, Haddad subiu o tom. "Jair, se olha no espelho. Coitado � voc�, que n�o passa de um soldadinho de araque que fala grosso porque tem gente armada em volta", afirmou Haddad, lembrando que Bolsonaro evitou os debates no segundo turno e citando o que chamou de falta de propostas, tanto como parlamentar quanto como candidato.
No fim do discurso, Haddad defendeu o direito � manifesta��o por parte dos movimentos sociais. Dirigindo-se ao candidato derrotado pelo PSOL no primeiro turno e l�der do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o candidato do PT disse que Guilherme Boulos tem que ter o direito de se manifestar sem ser amea�ado. "No nosso governo, v� para as ruas, Boulos", exclamou Haddad.