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Estado de Minas

ARTIGO: 'Antipetismo vence o lulismo'

"O deputado carioca transformou a bandeira brasileira e a camisa amarela em s�mbolos de campanha"


postado em 28/10/2018 22:44 / atualizado em 28/10/2018 22:57

Foi a elei��o das aus�ncias. Os dois pol�ticos mais populares do pa�s ficaram isolados. Lula, preso por corrup��o em Curitiba, declarado ineleg�vel. Bolsonaro, recolhido depois de ser esfaqueado, soube transformar a adversidade em triunfo. Refor�ou sua presen�a no ambiente onde circula com desenvoltura desde 2014: as redes sociais.

(foto: Montagem de Fred Bottrel sobre fotos de AFP e Pixabay)
(foto: Montagem de Fred Bottrel sobre fotos de AFP e Pixabay)
A sucess�o presidencial de 2018 foi marcada tamb�m por uma terceira aus�ncia: a de debates. N�o apenas de confrontos presenciais (desde 1989 n�o havia uma elei��o presidencial sem que os dois candidatos mais votados tenham se encontrado ao menos uma vez), mas da discuss�o aprofundada de propostas.

As reformas que o pa�s precisa fazer para n�o quebrar, a come�ar pela da Previd�ncia, foram escanteadas. E as refer�ncias internacionais mencionadas na campanha n�o foram a pa�ses que conseguiram reduzir a desigualdade social e garantir o bem-estar da popula��o, mas �s na��es arrasadas por seus governantes, a come�ar pela onipresente Venezuela. O Brasil olhou muito mais para o passado, recente e p�s-1964, do que para o futuro.

Com os principais nomes dos maiores partidos brasileiros enlameados pelas investiga��es, condena��es e pris�es da Lava-Jato, a bandeira do combate � corrup��o ficou � solta, pronta para ser desfraldada por uma candidatura de fora do n�cleo pol�tico que deteve o poder nas �ltimas d�cadas. Veio, ent�o, um parlamentar do chamado “baixo clero” e apanhou essa bandeira. Literalmente.

O deputado carioca transformou a bandeira brasileira e a camisa amarela em s�mbolos de campanha. Dolema inscrito no pavilh�o nacional, privilegiou a ordem (com �nfase na seguran�a p�blica, quest�o relegada a segundo plano pelo PT) e deixou o progresso por conta do economista Paulo “Posto Ipiranga” Guedes.

Bolsonaro tamb�m soube se apresentar como defensor intransigente da tradi��o, da fam�lia, da propriedade privada. Fez o discurso que a maior parte do pa�s quis ouvir – e n�o foi preciso abrandar as palavras para se eleger. Na reta final do segundo turno, o candidato do PSL continuou a se manifestar com a veem�ncia que marca a sua trajet�ria pol�tica.
Voltou com os rompantes totalit�rios, como fez sete dias antes da elei��o, ao prometer “uma faxina muito mais ampla” dos “marginais vermelhos”, que ser�o “banidos de nossa p�tria”; tal modalidade de faxina n�o est� prevista na Constitui��o em vig�ncia no pa�s. Constitui��o que foi exibida e citada pelo candidato em seu primeiro discurso depois de confirmada a vit�ria, ao garantir um governo “decente” e que ser� um defensor tamb�m da democracia e da liberdade (a palavra mais repetida no pronunciamento).

Pouco antes de ser levado para cumprir pena em Curitiba, Lula disse que n�o era mais Lula, mas uma “ideia”. Uma facada fez com que Bolsonaro tivesse de se recolher, ampliando a imagem do “mito”, controlada pelas redes sociais. Acontece que idealiza��es e mitifica��es n�o costumam fazer diferen�a na hora de encarar e resolver problemas de um pa�s mergulhado em uma crise t�o profunda como o Brasil.
O desafio do capit�o reformado � frente do Pal�cio do Planalto � imenso e complexo. E, pela inexperi�ncia administrativa, come�a na defini��o de sua equipe e no desenho da articula��o com o Congresso. Ainda mais quando o pr�prio candidato, j� na condi��o de presidente eleito, garante que, al�m de “desamarrar o Brasil”, seu governo tamb�m vai “quebrar paradigmas”.

As urnas decretaram o resultado do confronto antipetismo contra o lulismo. O PT, vencedor das quatro �ltimas elei��es presidenciais, est� fora do posto mais alto do Poder Executivo. Agora � a vez do bolsonarismo.

Que o novo presidente tenha em mente que a bandeira nacional, como dizem os primeiros versos de seu hino, n�o � apenas o pend�o da esperan�a. Representa o s�mbolo augusto da paz.


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