
Logo ap�s a vit�ria de Jair Bolsonaro, a deputada estadual eleita em Santa Catarina, Ana Caroline Campagnolo (PSL), abriu um canal informal de den�ncias na internet para fiscalizar professores em sala de aula a partir desta segunda-feira (29). Campagnolo pede que v�deos e informa��es sejam repassados para o seu n�mero de celular com o nome do docente, da escola e da cidade. "Garantimos o anonimato dos denunciantes", diz a imagem compartilhada pela deputada em uma rede social.
Historiadora, Campagnolo processou a professora Marlene de F�veri, da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e sua ex-orientadora no mestrado, em 2016, por suposta "persegui��o ideol�gica". O caso, que marcou as discuss�es acerca do movimento Escola Sem Partido, foi julgado improcedente em setembro deste ano pelo 1º Juizado Especial C�vel de Chapec� (SC), mas a atual deputada recorreu.
Na publica��o deste domingo, Campagnolo diz que "amanh� � o dia em que os professores e doutrinadores estar�o inconformados e revoltados". "Muitos deles n�o conter�o sua ira e far�o da sala de aula um audit�rio cativo para suas queixas pol�tico partid�rias em virtude da vit�ria de Bolsonaro. Filme ou grave todas as manifesta��es pol�tico-partid�rias ou ideol�gica", diz a imagem.
Na legenda, ela afirma ainda que "professores �ticos e competentes n�o precisam se preocupar". E faz uma pondera��o para que v�deos de outros estados n�o sejam mais enviados para o seu n�mero, alegando que isso j� estava sendo feito na noite de hoje. "N�o temos como administrar tantos conte�dos. Alunos que sentirem seu direitos violados podem usar gravadores ou c�meras para registrar os fatos", orienta.
Nos coment�rios da publica��o, Campagnolo sugere que os estudantes "deixem o celular em casa e levem gravador e filmadora mesmo", em resposta a um internauta que questionou se celulares n�o seriam proibidos em sala de aula. Em outra resposta, refor�ou que "� s� se comportar direitinho que n�o precisa ter medo".
Ela tamb�m afirmou que as imagens enviadas para o seu celular n�o ser�o divulgadas, e sim utilizadas para uma "investiga��o" e para que sejam verificadas as "medidas cab�veis em cada caso". "N�o queremos gravar uma novela, mo�a", disse para outra internauta.
A aprova��o do projeto Escola Sem Partido no Congresso � uma das principais bandeiras de Jair Bolsonaro. O movimento, por sua vez, j� foi contestado pela Advocacia-Geral da Uni�o (AGU), Minist�rio P�blico Federal (MPF) e associa��o de professores.
