'N�s somos irm�os siameses', diz Mour�o sobre Bolsonaro

Eleito vice-presidente da Rep�blica na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), o general da reserva Hamilton Mour�o (PRTB) afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que se considera um "assessor privilegiado" do novo governo. "Sou um assessor eleito. � diferente dos ministros, que podem ser escalados e 'desescalados' a qualquer momento. Eu n�o posso ser 'desescalado'", disse Mour�o.

Segundo o vice, ele e Bolsonaro s�o "irm�os siameses". "Estamos juntos mesmo." Durante a campanha, no entanto, o ent�o candidato a vice causou pol�mica ao afirmar que a elabora��o de uma nova Constitui��o n�o precisaria passar por eleitos e ao sugerir um "autogolpe" foi desautorizado por Bolsonaro. "Ele � general, eu sou capit�o. Mas eu sou o presidente", disse o presidenci�vel na �poca. Veja a seguir a opini�o de Mour�o sobre alguns temas importantes.

Governo Bolsonaro: "O governo deve ser austero, aquele que bota a moedinha no cofrinho, que faz uma viagem e n�o leva cem pessoas. Tem que ser o governo da economia, da austeridade. O governo do exemplo, no qual o presidente fala e faz. Governo que n�o pactua com a corrup��o, um governo em que o relacionamento com os demais Poderes e demais entes da Federa��o se d� em torno das ideias, dos programas, dos objetivos, e naquele toma l�, d� c� que vinha acontecendo."

Papel do vice: "Sou um assessor privilegiado, porque sou um assessor eleito. � diferente dos ministros, que podem ser escalados e 'desescalados' a qualquer momento. Eu n�o posso ser 'desescalado'. N�s somos irm�os siameses, eu e ele (Bolsonaro). Estamos juntos mesmo. E ele j� tinha sinalizado que me colocaria em outras tarefas. O que vejo mais � auxili�-lo na tomada de decis�es, cooperando em trabalhos interministeriais. N�o precisa ser fun��o oficial, mas de pequenos conselhos."

Chegada ao poder: "Desde os protestos de 2013 h� uma onda moralizadora por parte da popula��o, que come�ou a se mostrar farta com os desmandos nos diversos n�veis de governo, principalmente ligados � corrup��o, desvio de recursos, obras inacabadas. Isso foi aumentando, at� que apareceu algu�m capaz de representar no meio pol�tico esse sentimento, e esse algu�m � o Bolsonaro."

Pal�cio do Jaburu: "Vamos ver se vou para o Jaburu. O presidente pode querer morar l� e eu vou ter de morar em outro lugar. Dizem que o Alvorada est� sendo submetido a uma nova reforma e que � meio dif�cil de habitar. Mas vou reduzir a estrutura da Vice-Presid�ncia."

A��es em universidades: "Tamb�m somos contra o fascismo, estamos empatados com eles (universit�rios). Algu�m determinou que a pol�cia entrasse. N�o considero censura e depois o STF (Supremo Tribunal Federal) derrubou isso."

Maioridade penal: "Isso n�o � para ladr�o de chinelos. � para quem comete crime hediondo. No Rio teve caso recente de um rapaz com 17 anos que esfaqueou e matou um m�dico que estava andando de bicicleta na Lagoa, ficou tr�s, quatro meses preso, o que n�o sai no registro dele, e depois j� matou mais duas pessoas. Algo tem que ser feito para coibir isso a�."

PRTB: "N�o fizemos exig�ncia. Mas, obviamente, vamos buscar ter algum espa�o como partido no governo Bolsonaro. Pode ser um minist�rio ou uma secretaria, algo do g�nero."

As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.