
O presidente eleito Jair Bolsonaro come�a a dar as cartas na rela��o do governo com o Congresso, de comum acordo com o presidente Michel Temer, que pretende oferecer ao sucessor todo apoio poss�vel nas vota��es da C�mara e do Senado. “Agora a transi��o come�ou, a iniciativa tem que ser do presidente eleito”, explica o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Bolsonaro e Temer v�o se reunir na pr�xima quarta-feira, para tratar da agenda da transi��o. Um dos principais assuntos em pauta � a vota��o da reforma da Previd�ncia. Hoje, o deputado federal �nix Lorenzoni (DEM-RS), nomeado ministro extraordin�rio do governo, deve entregar os nomes das 50 pessoas que ocupar�o os cargos tempor�rios da equipe a Padilha.
A proposta de reforma da Previd�ncia do atual governo est� pronta, foi exaustivamente negociada, mas n�o foi votada por causa das den�ncias do ex-procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot contra Temer, com base na dela��o premiada do ex-presidente da JBS Joesley Batista. Para a rejei��o das den�ncias, o governo consumiu a energia que seria empregada na aprova��o da reforma. Rec�m-eleito, Bolsonaro teria legitimidade e for�a pol�tica para aprovar a reforma, que est� pronta para vota��o, antes mesmo de tomar posse, mas h� diverg�ncias na sua equipe quanto a isso.
Lorezoni, que encabe�a a equipe de transi��o, prefere deixar a aprova��o da reforma para depois da elei��o das novas Mesas da C�mara e do Senado, que j� articula, com o argumento de que a proposta de Temer apenas proporcionaria um al�vio de caixa de cinco anos, enquanto a proposta de reforma da Previd�ncia do novo governo teria um horizonte de 30 anos.
No fundo, �nix teme n�o conseguir aprov�-la no atual Congresso, que saiu muito fragilizado das urnas. Paulo Guedes, o superministro da Economia, por�m, admite fazer a reforma em duas etapas: uma agora, que facilitaria a vida da equipe econ�mica do ponto de vista fiscal, e outra quando o novo Congresso tomar posse, para resolver de vez o problema.