O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) voltou a atribuir ao economista Paulo Guedes, seu futuro superministro da Economia, a responsabilidade de falar sobre assuntos econ�micos. Questionado por jornalistas sobre o reajuste do Judici�rio, disse: "Paulo Guedes � uma boa resposta. Essa conta � nossa, mas vamos esperar o que vai decidir o Senado para darmos nossa opini�o".
Em entrevista na manh� desta quarta-feira, 7, o presidente eleito criticou a medida. "Obviamente que n�o � o momento. O que est� em jogo � o futuro do Brasil. Vejo com preocupa��o. Estamos todos no mesmo barco", disse Bolsonaro ao deixar reuni�o com o comandante da Aeron�utica, brigadeiro Nivaldo Rossato.
Segundo o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, o reajuste n�o foi discutido com Bolsonaro em encontro reservado nesta quarta-feira. "N�s n�o tocamos no assunto", disse Toffoli a jornalistas, antes de participar da sess�o plen�ria da Corte.
O Senado colocou o projeto de lei que autoriza o reajuste dos sal�rios dos ministros do STF em 16,38% na pauta de vota��es de hoje, prevista para come�ar �s 16h. A mat�ria foi inclu�da na discuss�o depois que o presidente do Senado, Eun�cio Oliveira (MDB-CE), aprovou o requerimento, no fim da sess�o de ontem.
O impacto estimado do reajuste � de R$ 2,77 milh�es para o STF e um efeito cascata de R$ 717,1 milh�es s� para o Poder Judici�rio. Apesar de estar incluso na proposta or�ament�ria da Corte, o PL estava parado no Senado Federal e, depois de aprovado, precisa ser sancionado pelo presidente da Rep�blica para entrar em vigor.
Mais cedo, o ministro Gilmar Mendes, STF, afirmou que espera que o Congresso Nacional aprove o projeto. "O Supremo j� havia aprovado o projeto, foi uma delibera��o colegiada. Era necess�rio pelas repercuss�es or�ament�rias. Espera-se que o Congresso fa�a essa aprova��o, fazendo o ajuste", disse o ministro, ap�s participa��o em evento comemorativo aos 30 anos da Constitui��o na sede do Instituto Brasiliense de Direito P�blico (IDP).
Em conversa com jornalistas ao final do evento no IDP, Gilmar Mendes lembrou que existem outros adicionais, que est�o sendo colocados "de forma talvez n�o muito regular", como a quest�o do aux�lio-moradia. "� preciso que o sal�rio seja adequado e justo, mas que n�o haja abuso e penduricalho e, sobretudo, que n�o haja iniciativas de fura teto para de alguma forma contornar o que est� estabelecido. Precisamos realmente ter essa no��o e � fundamental que a legisla��o seja cumprida", afirmou.
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POL�TICA
Bolsonaro sobre reajuste do Judici�rio: 'vamos esperar o que vai decidir Senado'
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