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Estado de Minas GOVERNO BOLSONARO

Op��o por t�cnicos em �reas econ�micas visa facilitar aprova��o de projetos

Nomes t�cnicos d�o confian�a ao mercado e perspectivas otimistas para 2019. Assim, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, quer conquistar os parlamentares


postado em 20/11/2018 09:09

Castello Branco tem discurso favorável à privatização de parte da Petrobras para tornar a empresa mais competitiva no cenário internacional (foto: FGV/Divulgação)
Castello Branco tem discurso favor�vel � privatiza��o de parte da Petrobras para tornar a empresa mais competitiva no cen�rio internacional (foto: FGV/Divulga��o)

O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, segue dando as cartas na equipe econ�mica do governo de transi��o do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Depois de ter bancado os economistas Joaquim Levy na presid�ncia do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Roberto Campos Neto na presid�ncia do Banco Central (BC), e Mansueto Almeida na Secretaria de Tesouro Nacional, definiu o tamb�m economista Roberto Castello Branco como o pr�ximo presidente da Petrobras. Ele suceder� Ivan Monteiro, que deve chefiar o Banco do Brasil (BB).

A for�a dada por Bolsonaro a Guedes � estrat�gica e caminha em linha com a articula��o pol�tica. Pessoas pr�ximas ao presidente eleito o alertam para a import�ncia de, desde j�, entregar ao mercado sinaliza��es do como ser� a pol�tica econ�mica do pr�ximo governo. As defini��es dos nomes apresentados at� agora agradam aos agentes econ�micos e investidores.

O resultado pr�tico da lua de mel com o mercado tende a se converter em previs�es melhores para a economia em 2019. As perspectivas ser�o usadas pelo governo como argumento para articular a aprova��o de projetos no Congresso Nacional, como a reforma da Previd�ncia, a fim de materializar as expectativas em investimentos e contrata��es no mercado de trabalho.

Sem contar com o bom humor do mercado e sinais de rea��o na economia real, interlocutores de Bolsonaro temem que o Congresso fique resistente a votar a agenda econ�mica. Diante da necessidade de evitar um cen�rio de desconfian�a de parlamentares e, assim, ampliar a base governista, Bolsonaro admite que est� dando liberdade a Guedes para a indica��o de nomes da equipe econ�mica. “Estou dando carta branca a ele. Tudo que � envolvido com economia � ele quem est� escalando o time. (Tem que) Enxugar a m�quina e buscar, realmente, faz�-la funcionar para o bem-estar da nossa popula��o”, declarou o presidente eleito. Questionado sobre Monteiro na presid�ncia do BB, disse que “talvez v�”. “Mas n�o est� certo ainda”, completou.

A for�a de Guedes � reconhecida nos bastidores. O hist�rico de Levy como ministro da Fazenda da ex-presidente Dilma Rousseff motivou Bolsonaro a discordar do guru econ�mico a respeito da indica��o � presid�ncia do BNDES. O futuro ministro da Economia, no entanto, conseguiu convenc�-lo do contr�rio. Expressou que Levy � um profissional de sua confian�a e tem o perfil alinhado com o pensamento liberal na economia proposto pelo governo, a exemplo de Castello Branco.

Privatiza��o


Durante a paralisa��o dos caminhoneiros, iniciada ao fim de maio deste ano, Castello Branco avaliou ser “urgente a necessidade de privatizar n�o s� a Petrobras, mas outras estatais”. Ontem, ap�s a indica��o confirmada pela assessoria de Guedes, deu pistas sobre a possibilidade de privatiza��o de parte da estatal. “A Petrobras desenvolve outras atividades que n�o s�o naturais e que n�o atraem retorno. O melhor exemplo disso � a distribui��o de combust�veis”, ponderou.

A compet�ncia da Petrobras, refor�ou Castello Branco, � na explora��o — com prioridade ao pr�-sal — e na produ��o de petr�leo, ao criticar a BR Distribuidora. “A BR � uma cadeia de lojas, no fim das contas”, declarou. Para ele, tamb�m n�o faz sentido a Petrobras deter o monop�lio na pr�tica do refino. Das 17 refinarias no pa�s, 13 s�o da estatal, o que confere a ela cerca de 95% da produ��o da gasolina. “A Petrobras pode rever o monop�lio nessa �rea. A competi��o � favor�vel a todos: � Petrobras e ao Brasil.”

O futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, defendeu que a abertura do mercado no setor de petr�leo e g�s � positivo at� para o combate � corrup��o. “O ideal � que voc� tenha um mercado competitivo. Al�m das medidas de compliance, a competi��o � o melhor rem�dio contra a corrup��o. A corrup��o tem oportunidade de se manifestar onde existe monop�lio: nos pre�os, nas rela��es pol�ticas, pelos favores… Para a Petrobras, a competi��o ser� um ant�doto permanente contra esse tipo de coisa que a sociedade n�o tolera mais”, disse.

A completa privatiza��o da Petrobras n�o est� nos planos de Bolsonaro. Por consider�-la uma empresa estrat�gica, ele admite que apenas parte dela seja negociada com o setor privado. “N�o toda. Eu n�o sou uma pessoa inflex�vel, mas n�s temos que, com muita responsabilidade, levar avante um plano como esse. Vamos conversar sobre isso”, afirmou.

O vice eleito, general Hamilton Mour�o (PRTB), adotou discurso semelhante. “Temos falado que o n�cleo duro, a prospec��o, onde est� a intelig�ncia e conhecimento, n�o ser� privatizado. Mas podemos negociar a distribui��o e o refino”, declarou. Na semana passada, em videoconfer�ncia com investidores norte-americanos, comunicou que o governo estuda a venda da BR Distribuidora.
Perfil

Liberal e experiente

O escolhido para presidir a Petrobras, Roberto Castello Branco, tem uma vasta experi�ncia e um curr�culo invej�vel. Doutor em economia pela Funda��o Get�lio Vargas (FGV) e p�s-graduado em economia pela Universidade de Chicago, foi diretor de Normas e Mercado de Capitais do Banco Central (BC) no governo do ex-presidente Jos� Sarney. Em 1999, se tornou diretor de Rela��es com Investidores e economista-chefe da Vale, cargo que exerceu por 15 anos. Atualmente, � diretor do Centro de Estudos em Crescimento e Desenvolvimento Econ�mico da FGV.

Entre 2015 e 2016, foi membro do conselho de administra��o da Petrobras. � �poca, se manifestou contrariamente ao subs�dio dado aos pre�os dos derivados de petr�leo e o grande volume de investimentos em refinarias. Tamb�m criticou a pol�tica de conte�do local, voltada para ampliar a participa��o da ind�stria nacional no setor. O argumento era de que tal pol�tica criou condi��es para o funcionamento do esquema de corrup��o apurado pela Opera��o Lava-Jato. Liberal da escola de Chicago, � a favor do livre mercado. Defende privatiza��es como indutor ao combate � corrup��o e ao ganho de produtividade por meio da concorr�ncia.

 


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