Integrantes da bancada evang�lica na C�mara afirmaram na noite desta quinta-feira, 21, desconhecer o professor Ricardo V�lez Rodr�guez, indicado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro, para o Minist�rio da Educa��o. Garantiram, por�m, confiar na escolha do educador. Apesar de receber certo apoio da Frente Parlamentar Evang�lica, Rodr�guez n�o foi uma indica��o direta do grupo.
"A frente n�o foi criada (por mim) para ser moeda de troca ou balc�o de neg�cios. Foi criada para termos uma ferramenta contra frentes que prejudiquem valores da Igreja. No caso do Bolsonaro, o apoiamos pela vincula��o de valores", afirmou o presidente da frente, deputado Takayama (PSC-PR).
O deputado Jo�o Campos (PRB-GO) disse n�o conhecer Rodr�guez, mas afirmou confiar no presidente eleito. "Ele sabe das exig�ncias do povo crist�o nessa �rea. � a �rea mais importante para o Brasil, portanto, nela ele n�o pode errar", disse. O deputado Marco Feliciano (PSC-RJ) tamb�m disse n�o conhecer o nome indicado, mas, assim como seus colegas, garantiu confiar "plenamente" na escolha de Bolsonaro.
Para o deputado S�stenes Cavalcanti (DEM-RJ), o presidente eleito decidiu por um "�timo nome". Os tr�s parlamentares integram o chamado n�cleo duro da bancada evang�lica na C�mara.
Pela manh�, deputados do grupo n�o demonstravam apre�o pela indica��o do nome de Rodr�guez para a pasta, quando foram questionados sobre as possibilidades � disposi��o de Bolsonaro. A sugest�o do grupo pendia mais para o procurador regional da Rep�blica do Distrito Federal, Guilherme Schelb. Parte da frente tamb�m chegou a se reunir com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para reclamar mais uma vez da sugest�o do educador Mozart Neves, do Instituto Ayrton Senna, depois que seu nome foi veiculado como o prov�vel indicado para a pasta, por considerarem que ele era alinhado com a esquerda.
A indica��o do futuro ministro da Educa��o pegou os deputados da frente evang�lica de surpresa porque eles teriam uma nova reuni�o com Onyx na semana que vem para conversar sobre a pasta.
Para a frente evang�lica, o minist�rio da Educa��o � considerado como priorit�rio por acreditarem que o ensino no Pa�s estaria deturpado. Uma das principais bandeiras do grupo � justamente o projeto de lei da Escola sem Partido, que prev� a proibi��o do que seus defensores chamam de "pr�tica de doutrina��o pol�tica e ideol�gica" pelos professores nas escolas.