
Segundo informa��es do boletim, "os exames de imagem mostram inflama��o do perit�nio (membrana que envolve os �rg�os do sistema digestivo) e processo de ader�ncia entre as al�as intestinais", que ocorre quando tecidos grudam uns nos outros, podendo levar � obstru��o do fluxo intestinal.
Por causa das condi��es encontradas, a equipe m�dica anunciou que, em reuni�o multiprofissional, decidiu "postergar a realiza��o da reconstru��o do tr�nsito intestinal".
De acordo com a equipe m�dica que acompanha Bolsonaro, formada pelo cirurgi�o Ant�nio Luiz de Vasconcellos Macedo, pelo cl�nico e cardiologista Leandro Echenique e pelo diretor-superintendente do hospital, Miguel Cendoroglo, o presidente eleito "ser� reavaliado em janeiro para a defini��o do momento ideal da cirurgia".
O boletim informou ainda que, apesar dos problemas detectados, o paciente "encontra-se bem clinicamente e mant�m �tima evolu��o". Al�m dos exames de imagem, Bolsonaro passou ainda por testes laboratoriais e consultas m�dicas.
O presidente eleito chegou ao Einstein, na zona sul da capital paulista, pouco depois das 10 horas. Acompanhado da mulher, Michelle Bolsonaro, o paciente ficou na unidade por cerca de tr�s horas e meia.
Ataque
Bolsonaro carrega a bolsa de colostomia desde o dia 6 de setembro, quando foi esfaqueado num ato de campanha eleitoral na cidade de Juiz de Fora, em Minas Gerais. O ataque causou les�es no intestino delgado e grosso, al�m de danificar uma veia da regi�o.
Foi por causa das les�es no intestino grosso que Bolsonaro teve que passar por uma colostomia, procedimento no qual parte do �rg�o � exteriorizado por meio de uma abertura feita na parede abdominal para que as fezes passem a ser coletadas em uma bolsa acoplada ao corpo do paciente.
O principal objetivo da colostomia foi isolar as �reas lesionadas da passagem de fezes, diminuindo, assim, o risco de infec��es no local.
Novo procedimento
A cirurgia para a retirada da bolsa ser� a terceira � qual o presidente eleito se submete desde o atentado em Juiz de Fora.
A primeira opera��o, feita na Santa Casa da cidade mineira no pr�prio dia do atentado, foi para reparar as les�es sofridas no ataque e controlar uma grave hemorragia decorrente dos ferimentos.
A segunda, realizada seis dias depois, j� no Hospital Albert Einstein, foi para corrigir ader�ncias nas al�as intestinais que provocaram obstru��o do tr�nsito intestinal.
O pr�ximo procedimento cir�rgico, embora mais simples do que os dois anteriores, vai levar a um corte abdominal de 25 a 30 cent�metros e demandar uma interna��o de pelo menos sete dias, segundo m�dicos ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo.
Isso porque, em casos como esses, o abdome precisa ser reaberto para que as duas al�as do intestino cortadas sejam recosturadas. Al�m disso, o per�odo de interna��o costuma ser de uma semana para que a reintrodu��o alimentar seja feita aos poucos, at� que o funcionamento do intestino se normalize e o paciente possa ter alta.
O cuidado tamb�m � necess�rio porque, assim como em qualquer outra opera��o, a cirurgia de revers�o da colostomia n�o est� isenta de riscos. Os mais comuns em procedimentos feitos no sistema digestivo s�o infec��es, f�stulas ou obstru��es intestinais.
Depois da alta, os m�dicos ainda recomendam mais uma semana de repouso em casa para que, ent�o, o paciente retome atividades profissionais, o que deixaria Bolsonaro apto a participar de compromissos p�blicos, reuni�es e viagens cerca de duas semanas ap�s a realiza��o da opera��o. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.