
A defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) afirmou que a den�ncia oferecida contra ele no �mbito da Lava-Jato de S�o Paulo � "mais um duro golpe no Estado de Direito".
Mais cedo, a for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato em S�o Paulo denunciou Lula por lavagem de dinheiro. A acusa��o formal levada � Justi�a Federal aponta que, "usufruindo de seu prest�gio internacional, Lula influiu em decis�es do presidente da Guin� Equatorial, Teodoro Obiang, que resultaram na amplia��o dos neg�cios do grupo brasileiro ARG no pa�s africano". Segundo a Procuradoria da Rep�blica, em troca, o ex-presidente recebeu R$ 1 milh�o dissimulados na forma de uma doa��o da empresa ao Instituto Lula.
Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin Martins, classificou a den�ncia como "mais um cap�tulo do 'lawfare' que vem sendo imposto a Lula desde 2016".
"A den�ncia pretendeu, de forma absurda e injur�dica, transformar uma doa��o recebida de uma empresa privada pelo Instituto Lula, devidamente contabilizada e declarada �s autoridades, em tr�fico internacional de influ�ncia (CP, art. 337-C) e lavagem de dinheiro (Lei n. 9.613/98, art 1º. VIII)", escreveu Zanin.
Para o advogado do ex-presidente, a acusa��o foi constru�da com base na ret�rica, sem apoio em qualquer conduta espec�fica praticada por Lula.
"Lula foi privado de sua liberdade contra texto expresso da Constitui��o Federal porque n�o existe em rela��o a ele qualquer condena��o definitiva; tampouco existe um processo justo. Lula teve, ainda, todos os seus bens bloqueados pela Justi�a; busca-se com isso legitimar acusa��es absurdas pela aus�ncia de meios efetivos de defesa pelo ex-presidente", afirmou.