O superintendente da Pol�cia Federal (PF) no Rio, Ricardo Saadi, afirmou nesta quinta-feira, 29, que a pris�o do governador do Rio, Luiz Fernando Pez�o (MDB), pela manh�, mostra que o �rg�o "n�o v� cargos" nas suas investiga��es. Saadi negou que a deflagra��o da opera��o agora, a pouco mais de um m�s de o mandato de Pez�o terminar, tenha algo a ver com o momento pol�tico.
"A pessoa estando com foro ou n�o ela responde � Justi�a", afirmou Saadi, ressaltando que a PF pediria a pris�o a outra inst�ncia do Judici�rio, caso a opera��o fosse deflagrada ap�s o t�rmino do mandato do governador.
Os delegados da PF justificaram a necessidade de Pez�o ficar preso por causa da repeti��o da pr�tica de crimes e pelo motivo de que os valores supostamente desviados pelo governador n�o foram localizados. Alexandre Bessa, delegado federal respons�vel pela Opera��o Boca de Lobo, afirmou que h� elementos de que o esquema durou at� julho deste ano.
"A partir do momento que S�rgio Cabral deixou o governo do Estado, Pez�o passou a suced�-lo e liderar a organiza��o criminosa. A gente conseguiu comprovar isso" afirmou o delegado. Segundo Bessa, Pez�o tamb�m designou seus pr�prios operadores para integrar o esquema.
O delegado afirmou tamb�m que os investigadores ainda n�o sabem o destino que foi dado a pelo menos R$ 2,2 milh�es que teriam sido captados diretamente por Pez�o, como parte dos cerca de R$ 40 milh�es que teriam sido desviados.
"Ainda vamos analisar isso. A movimenta��o banc�ria das contas pessoais do governador � modesta e h� poucos saques de sua conta corrente. Isso chamou a aten��o. Ele deve ter dinheiro esp�cie guardado ou utilizar contas de terceiros", disse Bessa.
O superintendente Saadi frisou que as investiga��es continuam, a partir do material apreendido nos 31 mandados de busca e apreens�o autorizados nesta quinta-feira. Ainda conforme Saadi, a princ�pio e ap�s prestar depoimento, Pez�o ficar� preso numa unidade prisional da Pol�cia Militar, em Niter�i, cidade da regi�o metropolitana do Rio.