Intitulado Fica, MinC! Em defesa da perman�ncia do Minist�rio da Cultura, o documento aponta preocupa��o com a nova reorganiza��o ministerial do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, que j� manifestou planos de unir os minist�rios do Desenvolvimento Social, da Cultura e do Esporte em um s�, o Minist�rio da Cidadania, sob o comando de Osmar Terra.
A carta deixa clara a import�ncia do MinC para a manuten��o de pol�ticas culturais do pa�s: “Defendemos a perman�ncia e integridade do MinC na estrutura governamental, como um �rg�o pr�prio e exclusivo para a gest�o e a execu��o das pol�ticas culturais, em parceria com os estados e munic�pios e com a sociedade civil”.
O documento tamb�m apontou dados que corroboram a manuten��o do minist�rio, como o valor de arrecada��o do setor e o n�mero de emprego que a Cultura mant�m atualmente: “O setor cultural gera 2,7% do PIB e mais de um milh�o de empregos diretos, englobando as mais de 200 mil empresas e institui��es p�blicas e privadas. S�o n�meros superiores a muitos outros setores tradicionais da economia nacional”.
O Correio Braziliense conversou com Guilherme Reis para entender mais da proposta da carta. De acordo com o Secret�rio de Cultura do Distrito Federal, a grande esperan�a � que o fim do MinC seja revisto pelo governo Bolsonaro: “Idealmente (o objetivo) � que fosse feita uma decis�o contr�ria ao fim do MinC, que mudem essa decis�o de extinguir o Minist�rio da Cultura e fundir a pasta de outras politicas, a gente considera, e tamb�m toda a comunidade cultural, que a cultura, com tudo que significa para a identidade e economia brasileira, merece estar no primeiro escal�o de governo, merece ter um m�ximo de preocupa��o do governo federal”.
Reis tamb�m informou que n�o sabe detalhes espec�ficos sobre a queda do MinC, mas que a grande preocupa��o do f�rum s�o as perdas que o setor pode sofrer: “N�s n�o sabemos muito, sabemos o que todos sabem, s� o que foi anunciado, e que isso vem gerando toda uma situa��o no setor da cultura, s�o milhares de pessoas que trabalham nessa �rea, milhares de entidades que depende desse setor, que responde por um percentual significativo do PIB e de trabalho do pa�s, e que, sim, mesmo que haja uma nova orienta��o para o funcionamento do MinC em outra pasta, afetar� esse trabalho”.
O secret�rio de cultura regional tamb�m explicou que a produ��o do documento n�o se trata de uma manifesta��o pol�tica, mas sim um esfor�o para defender o setor. “Desde os anos 1990 existe o f�rum que � um organismo que une os respons�veis do setor, n�o fui eu que gerei, mas temos uma organiza��o que vai al�m de partidos, tem representantes de tudo e qualquer canto, independe de governos de partidos que est�o representados, o f�rum entendeu que � muito importante uma manifesta��o nesse momento de reorganiza��o das pastas no governo do pa�s”, defende.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de o f�rum tomar alguma iniciativa que v� al�m da carta aberta, Reis foi assertivo: “N�o, o nosso papel � manifestar a opini�o, alguns de n�s est�o saindo, como � o meu caso, mas outros continuar�o, e o que interessa � isso: um conjunto de profissionais pedindo respeitosamente, como deve ser, que esta seja uma decis�o repensada, que a manuten��o do MinC seja mantida”.