
Com o discurso de “independ�ncia entre os poderes” e de um “Legislativo forte”, o vice-presidente da C�mara dos Deputados e principal coordenador da bancada federal mineira, F�bio Ramalho (MDB), segue em campanha � Presid�ncia da C�mara dos Deputados. Fala diretamente aos seus pares.
Movimentando-se em meio a nomes fortes que cobi�am o mesmo cargo – o segundo na linha da sucess�o presidencial –, entre os quais o atual presidente da C�mara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), Ramalho, tamb�m conhecido como Fabinho Lideran�a, “o amigo de todos”, diz que vai repetir a mesma estrat�gia da elei��o da Mesa em 1º de fevereiro de 2017.
Na ocasi�o, ele surpreendeu derrotando em segundo turno seu colega de partido Osmar Serraglio (PR) por 265 votos a 204, depois de ter tirado da corrida L�cio Vieira Lima (BA), o candidato da prefer�ncia de Michel Temer, nome, ali�s, apoiado oficialmente pelo MDB. Conhecido por dar festas regadas a leit�o � pururuca, F�bio Ramalho afirma: “Para mim, em qualquer cen�rio, pulverizado ou n�o, serei candidato e em condi��es de ganhar”.
O senhor lan�ou a sua candidatura � presid�ncia da C�mara dos Deputados. Como est�o as articula��es? Qual a chance que acredita ter� nessa disputa?
Como vice-presidente da C�mara, sou candidato natural � presid�ncia da Mesa. A minha candidatura n�o tem colora��o partid�ria, � da institui��o como um todo. Estou trabalhando os votos um a um, indo muito bem e, principalmente, quero sair com o maior n�mero poss�vel de votos de Minas Gerais, a segunda maior bancada, para ir avan�ando em todos os estados. Em Minas, j� conversei com quase todos. Em todos os partidos estou bem recebido.
H� nomes como o do pr�prio Rodrigo Maia (DEM-RJ), atual presidente da C�mara, que est�o colocados. H� tamb�m lideran�as das bancadas ruralista, evang�lica e da seguran�a que disputam a primazia do apoio do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). Qual � a sua estrat�gia?
Sim, tem v�rios candidatos. O Rodrigo Maia, o Jo�o Campos (PRB-GO), Alceu Moreira (MDB-RS), Capit�o Augusto (PR-SP), al�m de Giacobo (PR-PR), JHC (PSL-AL) e Delegado Waldir (PSL-GO). Eu penso que a C�mara tem que ter mudan�as, rotatividade. E eu tenho certeza de que tenho todo o preparo para ser o presidente da Casa, porque eu sou o vice-presidente, ent�o minha candidatura � natural. Mas eu estou na disputa, com uma articula��o que privilegia os 513 deputados. Converso um a um. Vou visitar os 27 estados e tenho coordenador em cada estado. S�o de partidos diferentes. Vamos para o segundo turno e vamos ganhar por uma raz�o simples: n�o estou procurando os l�deres para pedir apoio, mas sim os deputados, porque quero defender a C�mara, que n�o vai ser puxadinho de ningu�m.
Recentemente o senhor esteve com Jair Bolsonaro e anunciou a sua candidatura. Como foi recebida a ideia?
Eu n�o tenho voto do governo, que n�o tem candidato. Conversei com Bolsonaro, ele me disse que n�o vai interferir. E eu falei sobre a separa��o dos poderes, que a gente precisa ter uma C�mara independente e forte para que a gente possa fazer pelo Brasil as reformas necess�rias. Tenho uma rela��o boa com o governo e com a oposi��o.
Na sua avalia��o, como ser� a rela��o da C�mara com Bolsonaro?
Tem de ser harmoniosa. Mas a C�mara tem de ser independente e forte. Esta � uma exig�ncia minha e sobretudo o que pretendo fazer na C�mara.
Na �ltima elei��o � Mesa Diretora, o sr. surpreendeu ao derrotar o candidato a 1º vice-presidente de Michel Temer (MDB) e depois derrotou o candidato de seu pr�prio partido. H� quem diga que foram muitos leit�es � pururuca para conquistar esses votos...
Eu sou amigo de todos. E o leit�o � pururuca � uma tradi��o mineira e uma tradi��o da minha casa. A panela sempre foi grande. Ent�o, gosto de receber. Na elei��o passada fui candidato avulso. Estou fazendo do mesmo jeito agora. A elei��o � ainda dia 1º de fevereiro. Muita coisa vai acontecer.
Como Rodrigo Maia est� recebendo a sua candidatura?
Como candidato que tem condi��es de vencer as elei��es. A norma da Casa � que qualquer um pode ser candidato a presidente. A maioria dos candidatos vai ser avulso. Para mim, em qualquer cen�rio, pulverizado ou n�o, serei candidato e em condi��es para ganhar.