
Ap�s quase quatro d�cadas de fugas, Cesare Battisti chegou � It�lia por volta das 11h40 (8h40, no hor�rio de Bras�lia) desta segunda-feira, 14. A aeronave, que partiu no in�cio da noite de domingo, 13, de Santa Cruz de la Sierra, na Bol�via, pousou no Aeroporto de Ciampino, em Roma, onde era aguardada pelo ministros do Interior, Matteo Salvini, e da Justi�a, Alfonso Bonafede.
O italiano dever� ser encaminhado por um grupo de agentes penitenci�rios para a pris�o de Rebibbia, na zona urbana de Roma. De acordo com informa��es do jornal italiano Corriere della Serra, ele dever� ficar sozinho na cela, em uma �rea de seguran�a reservada para terroristas, e passar� por seis meses de isolamento diurno.
Battisti estava foragido desde 14 de dezembro de 2018, quando o ent�o presidente Michel Temer autorizou sua extradi��o para a It�lia um dia depois do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, suspender uma liminar que garantia sua perman�ncia no Brasil. No s�bado, dia 12, foi capturado por autoridades bolivianas.
De cavanhaque e �culos escuros, o italiano foi abordado por policiais enquanto caminhava por uma rua de Santa Cruz de la Sierra.
Ap�s a pris�o, o governo brasileiro deslocou um avi�o da Pol�cia Federal � Bol�via para trazer Battisti ao Brasil e, em seguida, extradit�-lo para a It�lia, conforme promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro. O governo italiano, no entanto, j� havia decidido levar Battisti diretamente ao pa�s.
Em uma nota conjunta divulgada no in�cio da noite de domingo, os minist�rios das Rela��es Exteriores e da Justi�a brasileiros afirmaram que o importante era que o italiano respondesse por seus crimes.
"O governo brasileiro se congratula com as autoridades bolivianas e italianas e com a Interpol pelo desfecho da opera��o de pris�o e retorno de Battisti � It�lia. O importante � que Cesare Battisti responda pelos graves crimes que cometeu. O Brasil contribui assim para que se fa�a justi�a", afirmou a nota.
Em uma tentativa frustrada para tentar evitar a viagem de Battisti de volta para a Europa, os advogados do italiano protocolaram um habeas corpus no STF no domingo. No pedido, argumentaram que entreg�-lo para a It�lia seria um "ato complexo" e irrevers�vel.
Os defensores solicitaram que o habeas fosse analisado pelo ministro Marco Aur�lio. O pedido, no entanto, foi julgado - e negado - pelo ministro Luis Roberto Barroso.