
O ex-ministro Antonio Palocci afirmou, em acordo de dela��o premiada, que um acerto de propinas com a empreiteira Andrade Gutierrez bancou pesquisas eleitorais para o PT em 2010, quando a sigla j� havia definido a ex-ministra Dilma Rousseff como candidata � sucess�o de Luiz In�cio Lula da Silva.
Palocci, que cumpre pris�o domiciliar ap�s fechar colabora��o com a Pol�cia Federal, foi coordenador da campanha de Dilma. Segundo ele, o esquema, que teria se estendido at� 2012, nas elei��es municipais, n�o tinha por objetivo fraudar as pesquisas, produzidas pelo instituto Vox Populi, e sim ocultar recursos de corrup��o em servi�os que eram de interesse da campanha do PT.
Segundo ele "as pesquisas que n�o eram favor�veis ao PT eram mantidas sigilosas, ao passo que pesquisas favor�veis eram amplamente divulgadas ao p�blico". Os contratos entre a empreiteira e o instituto chegaram a um valor de R$ 11 milh�es.
O ex-presidente da Andrade Gutierrez Ot�vio Azevedo, que chegou a ser preso e depois virou delator na Lava Jato, confirmou, em colabora��o, os pagamentos ao Vox Populi.
A assessoria da presidente cassada Dilma Rousseff disse que Palocci "mente" em seu acordo de dela��o premiada. Para a defesa de Lula, o ex-ministro trocou parte de seu patrim�nio por "mentiras sem provas". A reportagem n�o conseguiu contato com o Vox Populi at� a conclus�o desta mat�ria.