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Estado de Minas POL�TICA

'Eu n�o entendi a pol�mica', diz delegado da PF que vetou sa�da de Lula

Delegado Luciano Flores afirmou que n�o havia estrutura suficiente


postado em 31/01/2019 14:43 / atualizado em 31/01/2019 15:23

Ex-presidente Lula acabou tendo a autorização dada para ir ao velório do irmão Vavá, porém, a decisão dada pelo ministro do STF, Dias Toffoli saiu poucos minutos antes do horário previsto para o sepultamento(foto: / AFP / Miguel SCHINCARIOL )
Ex-presidente Lula acabou tendo a autoriza��o dada para ir ao vel�rio do irm�o Vav�, por�m, a decis�o dada pelo ministro do STF, Dias Toffoli saiu poucos minutos antes do hor�rio previsto para o sepultamento (foto: / AFP / Miguel SCHINCARIOL )

O superintendente da Pol�cia Federal no Paran�, delegado Luciano Flores, disse que "n�o entendeu a pol�mica" em torno do indeferimento do pedido da defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva - condenado e preso em Curitiba - para que o petista pudesse comparecer ao vel�rio do irm�o, Genival In�cio da Silva, o Vav�. De acordo com Flores, a negativa foi motivada apenas por "raz�es log�sticas".

"Eu n�o entendi a pol�mica. N�o entendi qual foi a parte que n�o entenderam que simplesmente n�o era poss�vel e n�o dependia da boa vontade de ningu�m. Apenas n�o havia condi��es log�sticas e policiais suficientes para garantir a seguran�a do pr�prio conduzido e dos agentes empregados numa grande opera��o policial que seria para efetivar um pedido como esse", afirmou Flores durante coletiva da for�a-tarefa da Lava-Jato sobre a fase 59 da Opera��o, deflagrada nesta quinta, 31.

O irm�o de Lula morreu na ter�a, 29, e foi sepultado na quarta, 30, em S�o Bernardo do Campo, na regi�o do ABC paulista. Os advogados do ex-presidente pediram autoriza��o para que ele pudesse sair da sala especial que ocupa na sede da PF em Curitiba - onde cumpre pena de 12 anos e um m�s de reclus�o no processo do triplex do Guaruj� - e ir ao vel�rio de Vav�. O superintendente se manifestou contra a sa�da de Lula.

No parecer, o delegado afirmou que os helic�pteros que poderiam ser utilizados na transfer�ncia do ex-presidente foram deslocados para atender as v�timas do desastre de Brumadinho, em Minas.

"Imagine se n�s us�ssemos uma aeronave particular, emprestada por algu�m n�o se sabe quem, conduzida por um piloto que n�o se sabe quem ou o que est� passando pela cabe�a, conduzindo um ex-presidente da Rep�blica com policiais federais armados", afirmou Flores. "Quem garante que ele v� para o destino que ele deveria ir?", questionou.

Luciano Flores afirmou que a prov�vel concentra��o de manifestantes, pr� e contra Lula, em torno do cemit�rio em S�o Bernardo do Campo, onde Vav� foi enterrado, era outra preocupa��o dos policiais.

O delegado disse que o cen�rio atual e a dificuldade para garantir a presen�a do ex-presidente no vel�rio eram grandes, inclusive quando comparadas com a libera��o do petista para ver a m�e quando de sua pris�o na ditadura militar, em 1980.

"Pode ser feito n�o significa que deve se feito. Cada caso precisa ser analisado. E assim s�o deferidos v�rios pedidos anualmente para que os presos possam ir ao vel�rios. Eu n�o conhe�o nenhum caso, desses milhares que j� foram deferidos, em que foi pego um preso de um estabelecimento penal onde estava recolhido, utilizado uma aeronave e gastos p�blicos milion�rios, para lev�-lo a outro estado, onde houvesse uma milit�ncia e grande quantidade de manifestantes pr�s e contra. Eu n�o conhe�o na hist�ria do Brasil que isso tenha acontecido", afirmou.


Pol�cia Federal � imparcial


Flores fez um desabafo sobre a recusa do pedido de Lula. Ele disse que a Pol�cia Federal n�o est� contra ningu�m e afirmou que a medida n�o teve nenhuma motiva��o ideol�gica.

"� necess�rio a gente aproveitar para esclarecer que n�o se trata de quest�o ideol�gica. A Pol�cia Federal, o Minist�rio P�blico Federal e a Justi�a Federal s�o institui��es p�blicas que est�o h� muito tempo demonstrando sua imparcialidade no combate � corrup��o, evitando que ocorram novamente desvios como esses como o que est� sendo demonstrado aqui", afirmou, em refer�ncia �s investiga��es de um esquema de propinas na Transpetro, subsidi�ria da Petrobr�s, alvo da fase 59 da Lava Jato.

O delegado disse que a Lava Jato n�o tem como foco um �nico partido ou apenas um governo. De acordo com ele, integrantes de diversas siglas j� foram detidos pela opera��o, o que n�o significa que "um partido � bom ou ruim".

"Significa que existem pessoas que praticam crimes, pessoas que podem estar filiadas a um partido, exercendo um cargo p�blico ou exercendo nada, n�o ter nenhuma ideologia. N�o � isso que define se a pessoa presta ou n�o, se deve ser presa ou n�o. S�o os fatos aos quais ela pode ser responsabilizada", concluiu.


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