
O ex-ministro Antonio Palocci afirmou, em depoimento � Pol�cia Federal, ter sido chamado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva para "assumir" as obras no s�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP). O delator, no entanto, diz ter recusado o pedido do petista para n�o atrair investiga��es.
O im�vel foi piv� da condena��o do ex-presidente a 12 anos e 11 meses de pris�o proferida pela ju�za Gabriela Hardt na quarta-feira, 6. A magistrada entendeu que as reformas de R$ 1 milh�o no S�tio custeadas por OAS, Odebrecht e Schahin foram uma forma de pagamento de propinas ao ex-presidente.
O depoimento de Palocci foi prestado no dia 17 de abril de 2018, dez dias ap�s a pris�o de Lula para a execu��o de pena no processo do triplex (12 anos e um m�s). As declara��es foram prestadas no �mbito de uma investiga��o de obstru��o � Justi�a.
O ex-ministro falou sobre o suposto vazamento das investiga��es da Opera��o Alethea, 24ª fase da Lava Jato, em que Lula foi conduzido coercitivamente em maio de 2016.
Palocci afirmou que o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, "informou que souberam previamente que viria a ocorrer uma opera��o contra o ex-presidente Lula, n�o sabendo precisar se seria cumprida pris�o ou condu��o coercitiva e que informou que souberam previamente da data".
O delator ainda afirma que Paulo Okamotto "informou que teria feito 'uma limpa' em sua resid�ncia em Atibaia/SP, assim como Clara Ant e que lamentaram o fato de que Lula n�o tenha feito o mesmo e, por isso, encontraram documentos comprometedores em sua casa e no s�tio de Atibaia/SP".
Sobre o im�vel, Palocci diz ter sido chamado por Lula, que "lhe indagou se poderia assumir o pagamento das reformas feitas no s�tio de Atibaia/SP". Ele afirma ter negado a proposta por dois motivos: "primeiro achava que a pol�cia viria a descobrir, segundo pelo fato de que n�o existiram grandes saques em esp�cie pela Projeto - empresa de Palocci, n�o tendo o como o Palocci justificar os pagamentos das reformas"
O ex-ministro afirma que "se negou, tendo Lula orientado que procurasse na sequ�ncia Paulo Okamotto e que Paulo Okamotto insistiu, no mesmo dia, ainda no Instituto Lula".
O delator afirmou ter continuado a "se negar a assumir o pagamento das reformas" e que Paulo Okamotto, "ent�o, solicitou se poderia ele buscar um outro empres�rio para assumir as reformas"
Palocci afirma que Okamotto, ent�o, procurou representantes da OAS e Odebrecht e que "tais empres�rios entenderam que era melhor n�o assumir publicamente a responsabilidade pelas reformas, pois os valores empregados eram de caixa 2".