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Estado de Minas

Investiga��es sobre caso Marielle completam 11 meses sem conclus�o

As investiga��es s�o resguardadas por sigilo. Segundo investigadores e autoridades que acompanham o assunto, � prov�vel que o crime tenha sido cometido por milicianos


postado em 14/02/2019 07:35 / atualizado em 14/02/2019 07:41

Homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes na Câmara dos Deputados (foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Homenagem a Marielle Franco e Anderson Gomes na C�mara dos Deputados (foto: Arquivo/Marcelo Camargo/Ag�ncia Brasil)

As investiga��es sobre o assassinato da vereadora Marielle Francisco da Silva, Marielle Franco, e o motorista Anderson Pedro Gomes completam nesta quinta-feira (14) 11 meses sem conclus�o. Eles foram mortos a tiros no centro do Rio de Janeiro ap�s um evento pol�tico. Onze meses depois, a autoria do crime ainda � incerta.

“O assassinato de uma defensora dos direitos humanos n�o � apenas o assassinato de uma pessoa, � um ataque aos direitos como um todo”, diz Renata Neder, coordenadora de pesquisa da Anistia Internacional Brasil.

As investiga��es s�o resguardadas por sigilo. N�o faltam hip�teses para o crime. O mais prov�vel, segundo investigadores e autoridades que acompanham o assunto, � que o crime tenha sido cometido por milicianos.

No Rio, os milicianos, grupos paramilitares, s�o conhecidos por controlar, ilegalmente e de forma armada, territ�rios mais pobres do estado. O ent�o secret�rio estadual de Seguran�a P�blica, general Richard Nunes, disse � Ag�ncia Brasil, em setembro de 2018, que h� ind�cios que a execu��o foi cometida por criminosos experientes que sabiam como dissimular as evid�ncias.

Em dezembro de 2018, o chefe do Departamento de Homic�dios da Pol�cia Civil do Rio, Giniton Alves, disse � Ag�ncia Brasil que “o absoluto sigilo das apura��es realizadas” � a “maior garantia para o alcance dos autores e mandantes dos crimes investigados”.

Apura��es


Tamb�m no ano passado, o ent�o ministro da Seguran�a P�blica, Raul Jungmann, anunciou que a Pol�cia Federal apuraria se agentes do Estado estariam interferindo nas investiga��es da Pol�cia Civil. Ele disse que havia ind�cios relevantes de pr�ticas de corrup��o, ocultamento e compra de agentes p�blicos para impedir a descoberta dos mandantes do crime.

Em nota, o Comando Militar do Leste informou que as investiga��es est�o com a Secretaria Estadual da Pol�cia Civil. Por sua vez, a Pol�cia Civil disse, tamb�m em comunicado, que as investiga��es sobre o caso Marielle est�o sob sigilo. A Pol�cia Federal afirmou que n�o comenta.

Mem�ria


Est� na mem�ria o que ocorreu no Rio de Janeiro, �s 21h, do dia 14 de mar�o de 2018, quando a vereadora desce as escadas do n�mero 122 da Rua dos Inv�lidos, na Lapa, onde funciona a organiza��o n�o governamental Casa das Pretas. Momentos antes, a parlamentar havia sido aplaudida por ativistas dos direitos das mulheres negras, durante uma mesa-redonda.

Em um discurso que destacou a import�ncia de se combater a viol�ncia, em especial contra as mulheres negras, sua �ltima fala ressaltava a liberdade, em uma cita��o da ativista dos direitos civis americana Audre Lorde. “N�o sou livre enquanto outra mulher for prisioneira, mesmo que as correntes dela forem diferentes das minhas”, disse Marielle Franco ao final do evento.

Ao entrar no carro, um Chevrolet Agile branco, a vereadora n�o percebeu a movimenta��o daqueles que acabariam com a sua vida dali a instantes. O ve�culo deixa a Rua dos Inv�lidos e segue em dire��o � casa da vereadora, na Tijuca, na zona norte.

Em um cruzamento das ruas Joaquim Palhares, Est�cio de S� e Jo�o Paulo I, pouco mais de um quil�metro distante de sua casa, um carro emparelhou com seu Chevrolet Agile e v�rios tiros foram disparados contra o banco de tr�s, justamente onde se sentava Marielle. Treze atingiram o carro.

Quatro disparos atingiram a cabe�a da parlamentar. Apesar dos tiros terem sido disparados contra o vidro traseiro, tr�s deles, por causa da trajet�ria dos proj�teis, chegaram at� a frente do carro e perfuraram as costas do motorista Anderson Gomes. Os dois morreram ainda no local.

“S� quem perde um filho sabe o tanto que faz falta. Marielle sempre foi uma filha muito boa, Marielle ficou quase cinco anos como filha �nica, at� a Anielle nascer. Ent�o � uma falta muito grande”, desabafou Marinete da Silva, m�e de Marielle.

A �nica sobrevivente foi uma assessora de Marielle. O carro, ou os carros usados no crime, pois h� suspeitas de dois ve�culos, deixaram o local, sem que os autores do homic�dio pudessem ser identificados: as c�meras de tr�nsito que existem na regi�o estavam desligadas.


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