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Estado de Minas

Reforma da Previd�ncia: Governo e oposi��o montam estrat�gias a favor e contra

Com interesses distintos, empres�rios e centrais sindicais avaliam que a comunica��o � fundamental para aprova��o ou n�o do texto que ser� enviado pelo Planalto na quarta


postado em 18/02/2019 06:00 / atualizado em 18/02/2019 07:35

Rodrigo Maia conversa com parlamentares sobre a montagem da comissão especial que vai analisar a proposta do governo (foto: JOAO ALLBERT/FUTURA PRESS/ESTADãO CONTEúDO)
Rodrigo Maia conversa com parlamentares sobre a montagem da comiss�o especial que vai analisar a proposta do governo (foto: JOAO ALLBERT/FUTURA PRESS/ESTAD�O CONTE�DO)

Bras�lia – A guerra pela reforma da Previd�ncia est� para come�ar. No mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro apresentar� a proposta de emenda � Constitui��o (PEC) produzida pela equipe econ�mica, na quarta-feira, movimentos contr�rios e favor�veis iniciam, em S�o Paulo, as coordena��es para pressionar deputados pelo apoio ou derrubada da mat�ria. Na Pra�a da S�, centrais sindicais liderar�o os movimentos de oposi��o e resist�ncia. Em assembleia nacional conjunta, l�deres sindicalistas v�o se unir para construir uma alternativa de enfrentamento. Os grupos de suporte ao governo estar�o concentrados na sede da Associa��o Comercial de S�o Paulo (CACB), na rua Boa Vista. Oito presidentes de entidades ligadas aos setores de com�rcio e servi�os v�o definir diretrizes de articula��o com os parlamentares.

Empres�rios e sindicalistas partilham da mesma avalia��o, de que o convencimento � a chave para a vit�ria, por isso, as estrat�gias de comunica��o ser�o fundamentais. As centrais v�o trabalhar com panfletagens e informa��es nas redes sociais. A disposi��o dos empres�rios � semelhante, embora atuar�o, tamb�m, com publicidades e planos de marketing voltadas a informar toda a cadeia varejista – dos pequenos com�rcios, como farm�cias e padarias, aos grandes grupos.

A estrat�gia da categoria empresarial varejista � capitaneada pela Uni�o Nacional de Entidades do Com�rcio e Servi�os (Unecs), que congrega oito associados nacionais. Cada uma das entidades disp�e de n�cleos estaduais. � pela capilaridade das agremia��es nos estados que o processo de comunica��o ser� feito, usando recursos pr�prios e privados oriundos de contribui��es de associados de livre ades�o.

O bom relacionamento dos empres�rios com o governo � um trunfo para os aliados da reforma. Na segunda-feira passada, os representantes da Unecs estiveram reunidos com o vice-presidente, Hamilton Mour�o. Na sexta, conversaram com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que participou de um evento na sede da Sociedade de Agricultura (SNA), no Rio de Janeiro.

A articula��o com a equipe econ�mica e com o vice facilita aos empres�rios o processo de comunica��o, de modo a criar uma diretriz na informa��o a ser veiculada em todo o pa�s. “A ideia � estabelecer uma unidade de apoio claro, ostensivo e p�blico”, explica o presidente da Unecs, George Pinheiro. Al�m do di�logo com deputados, os empres�rios tamb�m v�o marcar encontros com os 27 governadores.

A estrat�gia das centrais promete ser mais agressiva. Uma vez mapeados, deputados dispostos a votar a favor pela reforma ter�o nomes e rostos estampados em outdoors, faixas e cartazes na Esplanada dos Minist�rios e na base eleitoral. Os sindicalistas tamb�m far�o uma comunica��o corpo a corpo por meio de audi�ncias p�blicas em c�maras municipais e nas assembleias legislativas. A ideia � colocar vereadores e deputados estaduais para pressionar prefeitos e governadores e, com isso, ampliar o leque de intimida��o aos deputados federais, respons�veis por aprovar ou vetar a reforma da Previd�ncia.

Trata-se, de fato, de uma guerra de comunica��o, avalia o presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antonio Neto. “Na reforma trabalhista aprovada, os empres�rios sentiram que ganha a primeira mentira e perde a primeira verdade. Mas n�s n�o trabalharemos com inverdades. N�o podemos simplesmente permitir que dificultem o acesso das pessoas � aposentadoria. N�o � assim que se resolve os problemas do pa�s”, pondera.

ATUA��O A defini��o do corpo a corpo com os deputados federais � uma das estrat�gias que os sindicalistas v�o deliberar na assembleia do dia 20. Das nove centrais, cinco s�o de partidarismo org�nico. Ou seja, cujas dire��es s�o majoritariamente compostas por filiados de um mesmo partido. A Central �nica dos Trabalhadores (CUT) dialogar� com os parlamentares do PT. A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), com os do PCdoB. E a Intersindical, com os do Psol. A Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), tradicionalmente ligada ao PPL, que s� elegeu um deputado, Uldurico Junior (BA), e a Conlutas, ligada ao PSTU, que n�o tem representante na C�mara, atuar�o como for�as auxiliares.

Outras quatro centrais de partidarismo inorg�nico, que t�m alguns dirigentes eventualmente filiados a partidos pol�ticos, atuar�o em mais de duas frentes. A For�a Sindical dialogar� com parlamentares do DEM, PSDB e Solidariedade. A Uni�o Geral dos Trabalhadores (UGT) vai procurar os deputados do PPS, PSD e PTB. A CSB, com os do MDB e PDT. A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) auxiliar� a For�a e a CSB no contato com parlamentares do PSDB e PDT.

O di�logo aberto entre as centrais e todos os deputados dos 12 partidos levaria os sindicalistas a pressionarem 260 parlamentares. O poder de alcance dos empres�rios n�o � inferior. O coordenador da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Com�rcio, Servi�o e Empreendedorismo, deputado Efraim Filho (DEM-PB), trabalha para montar na nova legislatura uma bancada com o mesmo tamanho da �ltima legislatura, de 250 congressistas.

Na quarta-feira, enquanto os oito presidentes associados da Unecs se re�nem, Efraim receber� para um caf� da manh�, em Bras�lia, cerca de 15 vice-presidentes ou coordenadores associados. A reuni�o tem por objetivo deliberar a��es de apoio � reconstru��o da frente parlamentar do com�rcio. A previs�o � que, em 19 de mar�o, seja anunciado o lan�amento oficial da bancada. “Vamos trabalhar para, com uma comunica��o eficaz sobre a reforma, quebrar privil�gios e gerar oportunidades de investimento e emprego”, destaca Efraim.

PF no Senado


O corregedor do Senado, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), afirmou ontem que pediu apoio da Pol�cia Federal para apurar eventual fraude na elei��o para a presid�ncia da Casa. O pedido foi feito ao ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, Sergio Moro, e ser� formalizado hoje.

A decis�o foi tomada em conjunto com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), na manh� de ontem. “Decidimos pedir a Pol�cia Federal que apoiasse a Pol�cia Federal Legislativa na per�cia das imagens de todos os 81 senadores”, disse Rocha, em nota. O corregedor informou que ele e Alcolumbre j� conversaram com Moro para acompanhar esse trabalho e “n�o permitir explora��o pol�tica”.

“N�o queremos espetaculariza��o do caso”, afirmou. Nas grava��es do circuito interno de TV da Casa, haveria ao menos seis parlamentares suspeitos de participa��o no esc�ndalo da 82ª c�dula surgida na elei��o para presidente do Senado. Na vota��o que acabou anulada, foram computados 82 votos, mas o Senado tem apenas 81 membros.

 

 

 

 


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