
Em memorial enviado nesta segunda-feira, 25, ao Supremo Tribunal Federal, a procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, defendeu a compet�ncia da Justi�a Federal para processar e julgar casos em que crimes comuns federais s�o investigados em conjunto com eleitorais.
A PGR argumentou que a postura adotada pelo STF em casos recentes envolvendo pol�ticos, de enviar � Justi�a Eleitoral investiga��es sobre caixa 2 mesmo quando h� suspeitas tamb�m de crimes de corrup��o e lavagem de dinheiro, al�m de n�o estar amparada pela Constitui��o � "indesej�vel" porque gera "impunidade".
No documento, Raquel recomenda que, nestes casos, a investiga��o seja dividida para tramitar em paralelo nas esferas Eleitoral e Federal, respectivamente. "Em caso de conex�o entre crimes federais comuns e crimes eleitorais, a respectiva investiga��o ou a��o penal ser� cindida, sendo os primeiros julgados pela Justi�a Federal e os segundos pela Justi�a Eleitoral", disse a procuradora-geral.
A PGR argumenta que a Justi�a Eleitoral n�o � especializada para julgar crimes comuns e sequer tem quadro pr�prio de ju�zes. "O fato � que, caso se permita que boa parte dos crimes ligados �s mais complexas opera��es da hist�ria do Pa�s sejam processados e julgados pela Justi�a Eleitoral, ser� certamente necess�rio reformul�-la por inteiro, aumentando-se, por exemplo, os recursos materiais e humanos destinados a tal Justi�a, a qual, atualmente, tem seu funcionamento mais acentuado apenas em �poca de elei��o", afirmou.