A determina��o do presidente Jair Bolsonaro para que a Pol�cia Federal investigue suposto desvio de recursos do Fundo Partid�rio do PSL durante a elei��o de outubro passado n�o ter� efeito pr�tico algum nem foi encaminhada por escrito para a Pol�cia Federal. O presidente falou sobre o assunto em entrevista � TV Record.
Pela legisla��o, o caso envolvendo recursos de campanha s� pode ser apurado com autoriza��o da Justi�a Eleitoral, pois o �rg�o n�o pode abrir inqu�ritos desta natureza por conta pr�pria.
O procedimento foi marcado em fun��o de reportagens publicadas pelo jornal Folha de S.Paulo, dando conta que outras candidaturas em Pernambuco com as mesmas caracter�sticas da de Maria de Lourdes receberam dinheiro do Diret�rio Nacional do PSL - comandado � �poca pelo atual ministro da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Gustavo Bebianno.
Adiamento
O depoimento de Maria de Lourdes estava previsto para ontem, mas foi adiado a pedido de advogados. Ainda sem data confirmada, a audi�ncia deve acontecer na pr�xima semana. Tamb�m deve ser chamada para depor outra candidata a deputada estadual pelo PSL, �rika Siqueira Santos - que arrecadou R$ 250 mil do partido. Apesar de n�o mudar o curso da investiga��o, o pedido de Bolsonaro deve levar � acelera��o da an�lise, segundo fontes no Minist�rio da Justi�a e na Pol�cia Federal.
A rea��o do presidente, acompanhada pelo ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, diverge da de outros casos que ganharam o notici�rio desde o per�odo da transi��o.
N�o houve pedido de investiga��o, por exemplo, quando ambos foram questionados sobre o suposto registro de caixa 2 durante campanhas eleitorais de Onyx Lorenzoni, atual ministro da Casa Civil.
Questionado nesta quinta-feira sobre o caso envolvendo PSL e Bebianno, Moro afirmou que a "determina��o" do presidente "est� sendo cumprida". "Os fatos v�o ser apurados e eventuais responsabilidades definidas", disse o ministro da Justi�a. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.