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Estado de Minas

Queiroz diz a MP que 'gerenciava' sal�rios para ajudar Fl�vio Bolsonaro

Em defesa apresentada por escrito e encaminhada ao Minist�rio P�blico, Fabr�cio Queiroz negou que tenha se apropriado dos sal�rios


postado em 01/03/2019 12:24 / atualizado em 01/03/2019 12:36

Fabrício Queiroz(foto: Reprodução/SBT)
Fabr�cio Queiroz (foto: Reprodu��o/SBT)

Ex-assessor de Fl�vio Bolsonaro (PSL) na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Fabr�cio Queiroz afirmou ao Minist�rio P�blico do Estado que fazia o "gerenciamento financeiro" de valores recebidos pelos demais servidores do gabinete. Em defesa apresentada por escrito, ele negou que tenha se apropriado desses valores, que, pela sua vers�o, eram usados posteriormente para ampliar a rede de "colaboradores" que atuavam junto � base eleitoral do parlamentar fluminense.

Ele afirmou ainda que, como acreditava estar agindo de forma l�cita e dispunha da confian�a de Fl�vio, "nunca reputou necess�rio expor" ao chefe "a arquitetura interna do mecanismo que criou".

Esta � a primeira vez que Queiroz apresenta seus argumentos ao MP do Rio. Antes disso, ele n�o havia respondido a quatro convites para prestar depoimento, com alega��es como a de que estava em tratamento de sa�de - o ex-assessor est� desde o final de dezembro em S�o Paulo para tratar de um c�ncer. Depois das sucessivas aus�ncias, o MP afirmou que poderia concluir as investiga��es mesmo sem ouvi-lo.

Queiroz � investigado depois de o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontar movimenta��es financeiras "at�picas" em suas contas - o conte�do do relat�rio foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

O ex-assessor movimentou R$ 1,2 milh�o em conta banc�ria entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. O Coaf identificou que outros servidores do gabinete de Fl�vio repassaram parte dos seus sal�rios a Queiroz, na maioria das vezes em datas pr�ximas ao pagamento na Alerj. A suspeita do MP-RJ � de que o ex-assessor recolhia o dinheiro para si pr�prio ou para entregar ao ent�o deputado, hoje senador.

Na manifesta��o, Queiroz afirma que "entendeu que a melhor forma de intensificar a atua��o pol�tica seria a multiplica��o dos assessores da base eleitoral, valendo-se, assim, da confian�a e da autonomia que possu�a para designar v�rios assistentes de base, a partir do gerenciamento dos valores que cada um recebia mensalmente".

"Com a remunera��o de apenas um assessor parlamentar conseguia designar alguns outros assessores para exercer a mesma fun��o, expandindo a atua��o parlamentar do deputado", afirmou o ex-assessor, no documento encaminhado nesta quinta-feira, 28, ao MP.

Fonte de renda


Queiroz n�o justificou a raz�o para outros servidores do gabinete de Fl�vio terem repassado parte dos respectivos sal�rios. Em depoimento ao MP, um servidor do mesmo gabinete, Agostinho Moraes da Silva, admitiu que depositava, todos os meses, cerca de dois ter�os de seu sal�rio na Casa na conta de Queiroz. Silva alegou que se tratava de um investimento em um neg�cio privado do colega, de compra e venda de carros.

Queiroz atribui o alto volume financeiro de sua movimenta��o banc�ria a duas raz�es: por concentrar em sua conta os sal�rios da mulher e dos filhos e porque acumulava v�rios trabalhos e atividades econ�micas, como seguran�a particular e vendedor de carros, produtos eletr�nicos e roupas - "e todo e qualquer produto que pudesse lhe garantir uma renda extra".

Queiroz afirma que conheceu Fl�vio Bolsonaro nos anos 1980 e que em 2007 foi convidado a trabalhar como assessor parlamentar dele na Assembleia. Segundo ele, insatisfeito com o n�mero de votos que Fl�vio havia recebido naquela elei��o (43.099), sua equipe decidiu aumentar a proximidade com a base eleitoral, "sem recorrer aos expedientes esp�rios da 'velha pol�tica'".


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