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Estado de Minas POL�TICA

Procurador cita poss�vel peculato por Bolsonaro envolvendo filha de Queiroz

O caso est� relacionado � contrata��o de Nathalia Queiroz, filha de Fabr�cio de Queiroz, ex-assessor do hoje senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente


postado em 28/02/2019 07:46 / atualizado em 28/02/2019 08:02


O procurador da Rep�blica do Distrito Federal Carlos Henrique Martins Lima enviou � Procuradoria-Geral da Rep�blica (PGR) uma representa��o que trata de suposta pr�tica de peculato e improbidade administrativa por Jair Bolsonaro (PSL). A suspeita � de que, quando ainda era deputado federal, o presidente tenha mantido uma funcion�ria fantasma em seu gabinete na C�mara.

O caso est� relacionado � contrata��o de Nathalia Queiroz, filha de Fabr�cio de Queiroz, ex-assessor do hoje senador Fl�vio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente. Ela era lotada no gabinete de Jair Bolsonaro na C�mara no mesmo per�odo em que trabalhava como personal trainer no Rio de Janeiro, entre dezembro de 2016 a outubro de 2018.

� a primeira vez que o presidente � alvo de um procedimento que pode resultar em investiga��o formal relacionada ao caso de Queiroz. Como revelou o jornal O Estado de S. Paulo, Nathalia � uma das pessoas citadas no relat�rio do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que aponta movimenta��o financeira at�pica na conta do ex-assessor.

Caber�, agora, � procuradora-geral da Rep�blica, Raquel Dodge, decidir se dar� andamento � investiga��o. Na representa��o, o procurador cita o fato de a Constitui��o estabelecer que o presidente da Rep�blica "n�o pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exerc�cio de suas fun��es". Ele pondera, no entanto, que a restri��o seria v�lida apenas para crimes comuns, e nada impediria o presidente de ser investigado e responsabilizado na �rea c�vel, como � a improbidade.

"A imunidade restringe-se � a��o penal e respectiva responsabiliza��o por atos estranhos ao seu exerc�cio, no curso do mandato", afirma Carlos Lima.

Em outros casos, como um inqu�rito aberto contra o ex-presidente Michel Temer no caso do "quadrilh�o do MDB", cujos fatos atribu�dos a ele teriam ocorrido antes do in�cio do mandato, o Supremo Tribunal Federal decidiu que o chefe do Executivo pode ser investigado, mas n�o responsabilizado. Assim, � poss�vel conduzir toda a apura��o - como ouvir testemunhas e recolher provas -, mas a den�ncia s� poder� ser apresentada ap�s o t�rmino do mandato.

O procurador cita o fato de "existir caso similar em apura��o criminal" envolvendo outros servidores do gabinete do ent�o deputado Jair Bolsonaro. Ele se refere a Walderice Santos da Concei��o, a Wal. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ela recebia sal�rio do gabinete, mas trabalhava numa loja de a�a� em Angra dos Reis.

Representa��o

A representa��o � um procedimento preliminar. Nestes casos, ap�s colher mais informa��es, o MPF decide se abre um inqu�rito que, ao final, pode resultar em den�ncia.

Como base para iniciar o procedimento preliminar, o procurador citou not�cias de que o gabinete de Bolsonaro atestou a frequ�ncia integral de Nathalia. No mesmo per�odo em que deveria estar trabalhando em Bras�lia, a funcion�ria publicou em suas redes sociais fotos com personalidades para quem teria prestado servi�o.

Nathalia � citada em dois trechos do relat�rio do Coaf, que aponta transfer�ncia entre ela e seu pai no valor de R$ 84 mil. J� Queiroz � investigado por suspeita de recolher parte dos sal�rios de servidores da Assembleia Legislativa do Rio. Ele tamb�m depositou cheque de R$ 24 mil na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Segundo o presidente, o dinheiro foi parte do pagamento de um empr�stimo dele a Queiroz. Procurado, o Pal�cio do Planalto n�o se manifestou. A defesa de Nathalia e de Queiroz tamb�m n�o respondeu.


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