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Estado de Minas POL�TICA

Evang�licos exp�em cr�ticas ao governo Bolsonaro

Deputados eleitos com apoio das igrejas evang�licas j� n�o poupam cr�ticas p�blicas nas redes sociais


postado em 09/03/2019 07:45 / atualizado em 09/03/2019 08:11

(foto: Alan Santos/PR Foz do Iguacu (PR) )
(foto: Alan Santos/PR Foz do Iguacu (PR) )

Descontente com a falta de interlocu��o com o Pal�cio do Planalto e sem espa�o na Esplanada, a bancada evang�lica afinou o discurso e decidiu votar fechada com o governo apenas nas pautas relativas a temas de costumes. Deputados eleitos com apoio das igrejas evang�licas j� n�o poupam, inclusive, o presidente Jair Bolsonaro, que ajudaram a eleger, de cr�ticas p�blicas nas redes sociais.

O deputado federal Marco Feliciano (Podemos-SP) usou o Twitter para mandar um recado. "Voc�s n�o pediram minha opini�o, mas deixo aqui humildemente a mesma. A comunica��o est� p�ssima", escreveu. Emendando um apelo: "Quando o governo resolve governar sozinho, se torna um gigante com p�s de barros. O que adianta ter a estrutura que tem se o alicerce � fr�gil? O presidente tem que cimentar os p�s. E isso se faz chamando as bancadas para conversar".

O deputado S�stenes Cavalcante (DEM-RJ) disse que, "ideologicamente, jamais" a bancada ir� "sabotar o governo", mas alertou que "pol�tica se faz com di�logo ou cada um vai cuidar do seu mandato". "A bancada nunca teve espa�o, mas agora est� pior. Ele (o presidente) s� dialoga com os militares e com os filhos." S�stenes diz que a falta de interlocu��o ter� reflexo nas vota��es. "Mat�rias como a da Previd�ncia, sem di�logo, ningu�m coloca o dedo", avisou.

A mais recente baixa dentro do governo foi a exonera��o de Pablo Tatim, ex-subchefe de A��es Governamentais, cuja indica��o foi referendada pela frente evang�lica. A exonera��o saiu nesta sexta-feira, 8, no Di�rio Oficial da Uni�o. Ele foi coordenador jur�dico do gabinete de transi��o de Bolsonaro e, no governo, trabalhava com o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

Para agradar evang�licos, Bolsonaro usa discurso moral

Sem conseguir saciar o apetite da bancada evang�lica com cargos, Bolsonaro lan�a m�o de outra estrat�gia para tentar agradar ao grupo de parlamentares: o discurso moral. Em 67 dias, foram in�meras as demonstra��es do governo de que o tom conservador nos costumes ter� prioridade.

A prova mais recente deste comportamento est� nas declara��es do presidente de quinta-feira, quando criticou o teor da Caderneta de Sa�de do Adolescente. Lan�ada em 2008, ela traz informa��es sobre m�todos de preven��o da gravidez e doen�as sexualmente transmiss�veis, al�m de abordar a transforma��o do corpo e de alertar para a necessidade da vacina��o. O presidente deixou claro que ir� determinar a mudan�a no conte�do, para que ilustra��es e trechos sobre preven��o da gravidez , considerado por ele inapropriado para determinadas faixas et�rias, sejam suprimidos.

Ainda na primeira semana de governo, uma cartilha dirigida a homens trans foi retirada de circula��o. O material voltou poucos dias depois, mas sem ilustra��es consideradas pol�micas por grupos conservadores. Tamb�m para evitar desagradar a "fam�lias", o Minist�rio da Sa�de adotou um tom "gen�rico" na campanha de carnaval.

No Minist�rio da Educa��o, o tom se repete. O ministro Ricardo Velez j� disse que o programa de Sa�de nas Escolas, que trata tamb�m de educa��o sexual, dever� ser "atualizado" para se adequar aos padr�es das "fam�lias".


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