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Estado de Minas POL�TICA

Pressionado, Bolsonaro resiste a exonerar ministro do Turismo

A Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico investigam a suspeita de uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais pelo PSL


postado em 09/03/2019 08:03 / atualizado em 09/03/2019 08:16

(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

As den�ncias envolvendo o ministro do Turismo, Marcelo �lvaro Ant�nio, iniciaram uma queda de bra�o no governo. De um lado, o presidente Jair Bolsonaro, que resiste a afast�-lo, e, de outro, auxiliares diretos, incluindo os militares, que desde a �poca da transi��o n�o defendiam o nome de �lvaro Ant�nio para o cargo. O pente-fino dos militares identificou que o ministro poderia dar dor de cabe�a para o presidente antes mesmo de ele ser nomeado, mas a escolha atendeu a apelo do PSL, sigla do presidente.

A Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico investigam a suspeita de uso de candidaturas laranjas em Minas Gerais. Em depoimento, pelo menos uma delas relatou que recebeu do ent�o candidato a deputado federal um pedido para que devolvesse parte dos valores recebidos do fundo eleitoral. Outras quatro mulheres tamb�m procuraram os investigadores pedindo para prestar depoimento nesse mesmo sentido.

Interlocutores diretos do presidente se preocupam com um desgaste prolongado com o surgimento de mais den�ncias contra o ministro.

Ao ser questionado ontem por jornalistas sobre se o caso n�o estaria gerando constrangimentos ao governo, Bolsonaro respondeu: "Deixa as investiga��es continuarem". Em seguida, o presidente encerrou a r�pida coletiva de imprensa, concedida ap�s cerim�nia na qual seis embaixadores entregaram as credenciais ao Planalto.

No fim da tarde, o porta-voz do governo, Ot�vio do R�go Barros, tamb�m ao ser questionado pela imprensa, repetiu o chefe. "Ficou claro que o presidente aguarda o desenrolar dos fatos na Justi�a", disse. O porta-voz informou ainda que Bolsonaro e �lvaro Antonio n�o conversaram ontem sobre o assunto. "Hoje (ontem) pela manh� comentamos (o epis�dio) e ele n�o tinha contato estabelecido face to face."

A entrada de �lvaro Ant�nio no governo foi considerada uma cartada do PSL, que colocou seu nome "goela abaixo" do presidente e dos militares. Na ocasi�o, o empres�rio Gilson Machado estava cotado para assumir a pasta, por ser, segundo auxiliares do Planalto, um nome t�cnico que ajudaria o setor, principalmente no Nordeste. Seu nome era dado como certo, mas Bolsonaro acabou escolhendo �lvaro. Na �poca, o escolhido disse que sua nomea��o n�o contemplava nenhum partido ou Estado, mas que havia sido indicado pela Frente Parlamentar em Defesa do Turismo, da qual faz parte.

Investiga��o

A suspeita de uso de candidaturas laranjas pelo PSL, em que �lvaro Antonio aparece como figura central, � alvo de investiga��es da Pol�cia Federal e do Minist�rio P�blico, que est�o na fase de coleta de depoimentos.

O vice-presidente da Rep�blica, Hamilton Mour�o, j� afirmou que, caso fique comprovado que o ministro cometeu irregularidades, ele ser� demitido.

O titular do Turismo nega as acusa��es. Ele afirma que as candidatas "mentem" quando dizem que ele ou sua assessoria propuseram durante a campanha que elas devolvessem dinheiro do fundo eleitoral.

A lei eleitoral obriga os partidos a destinarem um porcentual dos recursos para as candidatas. O objetivo � aumentar a participa��o delas na pol�tica. Por decis�o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018 os partidos deveriam repassar pelo menos 30% dos recursos para as candidaturas femininas. As apura��es da Pol�cia Federal est�o concentradas em Pernambuco e em Minas Gerais, onde a Justi�a Eleitoral autorizou as investiga��es.


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