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Estado de Minas

Governo Bolsonaro tem tutela cada vez mais forte do DEM

Caber� ao partido, no comando do Congresso, ditar o ritmo das reformas. E, para completar, o PSL n�o tem uma bancada t�o experiente no jogo congressual.


postado em 11/03/2019 07:45


Os pol�ticos mais tarimbados do pa�s j� fizeram suas apostas para o futuro: o DEM, comandado por ACM Neto. Eles acreditam que o partido que tem Onyx Lorenzoni na Casa Civil, Rodrigo Maia na Presid�ncia da C�mara, Davi Alcolumbre no comando do Senado e dois minist�rios que fazem o contato direto com os prefeitos — Agricultura e Sa�de — est� no aquecimento para tutelar o governo do presidente Jair Bolsonaro. Para completar, ser� o DEM que segurar� a abertura de processo contra o presidente, caso a oposi��o cumpra a promessa de pedir o impeachment de Bolsonaro, por causa dos tu�tes carnavalescos.

As chances de os partidos de centro investirem contra o presidente hoje � zero, por�m, caber� ao DEM de Rodrigo Maia jogar qualquer pedido desses para fora do campo, deixando Bolsonaro devedor. At� aqui, comentam os demistas nos bastidores, nem o presidente pediu formalmente o apoio do Democratas nem o comandante da agremia��o, ACM Neto, convocou qualquer reuni�o da Comiss�o Executiva Nacional para formalizar o apoio ao governo. O baiano, dizem seus amigos, aguarda um chamamento do Planalto para seguir esse ritual.

A tutela do DEM sobre o governo, entretanto, vai muito al�m do simples pedido de impeachment da oposi��o. Caber� ao partido, no comando do Congresso, ditar o ritmo das reformas. E, para completar, o PSL n�o tem uma bancada t�o experiente no jogo congressual. Aqueles que poderiam fazer o contraponto ao DEM est�o hoje mais pr�ximos dos demistas do que do Planalto. O MDB virou sucata, conforme definem os pol�ticos nos bastidores. O PP, o PSD e o PR t�m mais acordos com o DEM do que com o governo. O PSDB, idem.

Jair Bolsonaro come�ou uma aproxima��o com os tucanos logo no in�cio de seu governo. Recebeu com toda a pompa o governador de S�o Paulo, Jo�o Doria, seu aliado. O paulista apoia o governo, mas joga seu pr�prio xadrez pol�tico. No carnaval, esteve em Salvador, ao lado de ACM Neto, com quem almo�ou na quarta-feira de cinzas, um encontro para aproximar e tra�ar cen�rios futuros.

Ambos conclu�ram que o momento � de ajudar o governo a aprovar as reformas para melhorar o ambiente econ�mico. Por�m, � recomend�vel guardar dist�ncia das confus�es que o governo arruma para si, especialmente com os posts de Bolsonaro no Twitter. Em meio ao carnaval, por exemplo, o l�der do DEM na C�mara, Elmar Nascimento, alertou que as pol�micas levantadas pelo presidente e seus ministros “contaminam o ambiente de um debate que se mostra dif�cil e algo de muita distor��o”, disse, referindo-se � reforma previdenci�ria. “O ideal � a mobiliza��o das redes e das ruas para um tema central, mostrando disposi��o para o debate (da previd�ncia) e articula��o pol�tica”, disse o l�der.

Grupo seleto

Para sorte do presidente, Onyx Lorenzoni, o leal ministro da Casa Civil, conseguiu logo na largada do governo fincar um p� no seleto grupo que det�m algum poder dentro do partido. O que lhe garantiu esse ingresso foi a vit�ria do jovem senador Davi Alcolumbre para a presid�ncia do Senado. Se Davi tivesse perdido para Renan Calheiros (MDB-AL), o partido de Renan iria para uma boa “reciclagem”, e o DEM mais ligado a Onyx perderia espa�o, deixando o presidente da Rep�blica � merc� de Rodrigo Maia e ACM Neto. Agora, o jogo ser� outro.

Bolsonaro j� foi alertado por amigos que precisa aproveitar esta semana antes da viagem aos Estados Unidos para deixar tudo engatilhado com os partidos. Al�m de pedir apoio formal ao pr�prio DEM, de forma a amarrar a rela��o com a agremia��o de ACM Neto, ele ter�, ainda, que estabelecer contatos mais diretos com os demais partidos para n�o ficar totalmente dependente do jogo do Democratas. Ningu�m se esquece de que Dilma Rousseff deixou seu jogo pol�tico nas m�os do MDB e terminou fora do governo. Bolsonaro, que j� foi parlamentar, sabe que n�o d� para terceirizar o contato com os partidos. Por isso, agir� para n�o deixar que seu governo seja tutelado por ningu�m. Essa partida de xadrez come�a agora.


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