(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Decano da Lava-Jato se aposenta e dar� consultoria anticorrup��o para empresas

Ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima se aposentou aos 55 anos e n�o far� mais parte da for�a-tarefa da Lava-Jato. Ele lamentou que a opera��o esteja sofrendo ataques de todos os lados 'pela rea��o do sistema pol�tico'


postado em 18/03/2019 14:07 / atualizado em 18/03/2019 14:48

(foto: Facebook/Carlos Fernando dos Santos Lima)
(foto: Facebook/Carlos Fernando dos Santos Lima)

A partir desta segunda-feira, 18 de mar�o de 2019, Carlos Fernando dos Santos Lima n�o � mais procurador da Rep�blica. 

 

Em suas redes sociais, o ex-membro da for�a-tarefa postou na noite de domingo uma mensagem agradecendo aos votos de anivers�rio e anunciando sua aposentadoria. Ele lamentou que a opera��o Lava Jato esteja sendo atacada "pela rea��o do sistema pol�tico", sem citar quem seriam os respons�veis pelos ataques.  

 

"Agrade�o a todos que me desejaram felicidades neste dia. Hoje fa�o 55 anos, com mais de 40 anos de trabalho, sendo 39 anos e 8 meses como servidor p�blico. Neste dia, por coincid�ncia, a opera��o Lava Jato faz 5 anos, infelizmente atacada por todos os lados pela rea��o do sistema pol�tico", disse Carlos.  

 

Aos 55 anos de idade, o mais antigo membro da for�a-tarefa da Opera��o Lava Jato se aposentou. Da cadeira de acusador, vai passar agora para a cadeira de consultor e defensor: deve abrir um escrit�rio de advocacia para atuar para o setor privado dando cursos e consultorias na �rea de compliance, que � a pr�tica de medidas que tentam evitar desvios dentro de empresas. 


Santos Lima garante que atuar� fora �rea criminal: "n�o vou advogar contra o Minist�rio P�blico" nem mesmo em casos relacionados � Lava Jato.

Na �ltima semana, ele desocupou o gabinete no oitavo andar da Procuradoria Regional da Rep�blica da 3ª Regi�o (PPR-3), em S�o Paulo. Santos Lima faz parte mais do quadro de membros do Minist�rio P�blico Federal, posto que ocupava desde 1995.

Membro da equipe do Caso Banestado, de lavagem de dinheiro por contas CC5 no final da d�cada de 1990 e uma das origens da Lava Jato, e um dos principais articuladores dos acordos de dela��o premiada da for�a-tarefa, Santos Lima falou pela �ltima vez como procurador, na ter�a-feira passada, dia 13, v�spera da decis�o do STF considerada um dos maiores rev�s para a Lava Jato nesse cinco anos.

Comentou sobre as investiga��es e a pris�o de Luiz In�cio Lula da Silva - que completar� um ano em abril -, sobre a "judicializa��o excessiva" reinante no Pa�s e avaliou a ida de S�rgio Moro para o governo de Jair Bolsonaro (PSL) como um preju�zo para a imagem da Lava Jato a ser compensado, caso ele consiga aprovar o pacote de leis anticrime organizado e anticorrup��o.

Desde 2017, Santos Lima poderia pedir aposentadoria, mas suspendeu a decis�o em meio �s incertezas geradas pelo plano de reforma da Previd�ncia em discuss�o no governo do ex-presidente Michel Temer. Preferiu se aposentar por tempo de servi�o: completou 40 anos de trabalho. Antes de ser procurador, trabalhou no Banco do Brasil e como promotor.

"Sou dos que tiveram a sorte de n�o pegar o novo regime previdenci�rio", disse, Em setembro do ano passado, pediu afastamento da for�a-tarefa da Lava Jato, onde estava atuando desde 2014 - acumulando com o trabalho em S�o Paulo -, para fazer uma "quarentena por conta pr�pria".


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)