
Na manh� desta sexta-feira (29) , em visita � Apac de Santa Luzia, na Regi�o Metropolitana de Belo Horizonte, Moro minimizou atritos com o presidente da C�mara, deputado Rodrigo Maia (DEM), e se disse otimista em rela��o � aprova��o das reformas propostas pelo Pal�cio do Planalto.
“O pacote anticrime tem uma s�rie de medias, mas n�o cont�m um endurecimento geral no tratamento do fen�meno criminal. O que n�s realmente endurecemos � em rela��o � criminalidade mais grave, crimes violentos, crimes contra a administra��o p�blica, especialmente a corrup��o, e o crime organizado”, explicou Moro.
Na noite de quarta-feira, 30 entidades lan�aram um movimento criticando as propostas do ministro da Justi�a e alertando que as medidas podem gerar um aumento da popula��o carcer�ria sem que o pa�s tenha estrutura.
�rg�os como as defensorias p�blicas do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul participam da campanha e apontam que algumas mudan�as, como a proposta que flexibiliza o entendimento de leg�tima defesa por parte das for�as policiais, poder levar ao aumento da viol�ncia e assassinatos da popula��o mais pobre.
Moro afirmou que muitas pessoas e grupos n�o compreenderam as propostas e que a inten��o n�o � aumentar de forma exagerada o n�mero de presos no Brasil.
“H� uma confus�o no sentido de que o pacote � apenas de incremento de penas. Mas n�o � nada disso. N�o � um endurecimento geral, isso n�o � compat�vel com nosso sistema penitenci�rio no momento. Mas em rela��o � criminalidade mais grave � necess�rio endurecer um pouco”, disse o ministro.
Modelo a ser copiado
Ap�s visita � Apac de Santa Luzia ao lado da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Carm�n L�cia e do presidente do Tribunal de Justi�a de Minas Gerais (TJMG) Nelson Missias , Moro elogiou os processos de recupera��o dos presos juntos �s comunidades e prometeu que o minist�rio da Justi�a vai avaliar formas de ampliar o modelo no pa�s.
“Temos a pol�tica no minist�rio que as pessoas que cometeram crimes devem responder por esses crimes. Mas, � claro que temos que nos preocupar com o que fazer com essas pessoas dentro do sistema e nunca podemos perder a esperan�a de que elas v�o se ressocializar. As experi�ncias das Apacs revela que n�o existe nenhuma pris�o que seja forte o suficiente para barrar a esperan�a de ressocializa��o”, afirmou Moro.