Afastado das fun��es e preso nesta ter�a-feira por cobrar “rachadinha” e amea�ar os funcion�rios do gabinete, o vereador Cl�udio Duarte (PSL) vai continuar recebendo o sal�rio de R$ 17.642,33 e, por enquanto, a C�mara Municipal n�o vai convocar o suplente.
De acordo com o Legislativo, o substituto s� � chamado quando o afastamento ultrapassa os 60 dias, exato per�odo que dura o afastamento decretado pela Justi�a a pedido da Pol�cia Civil.
Ainda segundo a C�mara Municipal, n�o h� motivo para cortar o sal�rio do parlamentar, pois o caso ainda est� sendo investigado.
O afastamento e a pris�o tempor�ria foram pedidos porque Cl�udio Duarte estaria, segundo a pol�cia, coagindo funcion�rios e atrapalhando a investiga��o. O vereador � suspeito de embolsar R$ 1 milh�o dos funcion�rios em pouco mais de dois anos.
Amea�a
“Tivemos que sobrestar as investiga��es porque apuramos que alguns dos funcion�rios vinham sendo constrangidos a n�o falar e at� amea�ados para que mentissem”, afirmou o delegado Domiciano Monteiro, chefe da Divis�o de Fraudes e Crimes contra o Patrim�nio.
Cl�udio Duarte foi preso na manh� desta ter�a-feira sob suspeita de cobrar parte do sal�rio dos funcion�rios de volta para fazer caixinha. De acordo com a pol�cia, o vereador teria ficado com R$ 1 milh�o. Al�m dele, foi preso temporariamente o chefe de gabinete Luiz Carlos Cordeiro, a quem caberia a o recolhimento dos sal�rios dos funcion�rios.
O delegado Domiciano Monteiro informou que o vereador responde pelas acusa��es de crimes de peculato, concuss�o, forma��o de organiza��o criminosa e obstru��o da Justi�a.
A pol�cia n�o tem ao certo o n�mero de servidores que participaram da rachadinha mas informou que, nestes pouco mais de dois anos de mandato, 35 contratados passaram pelo gabinete. O delegado afirmou que h� fortes ind�cios do esquema constatados em provas testemunhais e documentais.
Devolvia R$ 10 mil
De acordo com as investiga��es, os funcion�rios do vereador recebiam os sal�rios e sacavam o dinheiro, devolvendo parte do vencimento ao vereador. De acordo com a investiga��o, somente um deles, que ganhava R$ 11 mil devolvia R$ 10 mil, ficando apenas com R$ 1 mil. "T�o logo o sal�rio ca�a na conta, os funcion�rios tinham de providenciar o saque o repasse em esp�cie", explicou o delegado.
A chamada rachadinha � a pr�tica de repartir o sal�rio dos funcion�rios de gabinete com o parlamentar, mesmo crime que investigado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, onde o atual senador Fl�vio Bolsonaro, tamb�m do PLS e filho do presidente Jair Bolsonaro, � investigado.