(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas POL�TICA

Bolsonaro abre o Planalto a pol�ticos e atende 'no varejo'


postado em 13/04/2019 11:00

Cr�tico do que chama de "toma l�, d� c�" e das negocia��es por cargos, o presidente Jair Bolsonaro recebeu nas �ltimas duas semanas um total de 57 pol�ticos, entre l�deres partid�rios, deputados e senadores. Nesses encontros, Bolsonaro fez acenos aos parlamentares e atendeu, inclusive, o pequeno varejo. As reuni�es representaram o gesto mais expl�cito do presidente ao Congresso desde a sua posse.

Bolsonaro vinha sendo cobrado a participar mais ativamente da articula��o pol�tica e fez uma investida que tem como principal meta consolidar uma base parlamentar aliada para aprovar a reforma da Previd�ncia.

Do total de 57 pol�ticos recebidos - entre eles um senador do PT -, s� quatro ex-colegas de C�mara tiveram acesso exclusivo ao presidente, em reuni�es particulares, sem a presen�a dos ministros da articula��o no Congresso. Encontraram um Bolsonaro relaxado, que contou piadas, prometeu acatar alguns pedidos e chegou a se comprometer a visitar seus Estados. "Eu pego o helic�ptero e vou l�", disse ao deputado Jos� Nelto (Podemos-GO), que o convidou para participar de uma audi�ncia p�blica em Porangatu (GO), para tratar da rodovia Bel�m-Bras�lia.

Sempre sentado no sof� e sem computador ou bloco de anota��es por perto, Bolsonaro n�o tem o h�bito de registrar os di�logos. Raramente mant�m o celular ao lado. Um ajudante de ordem - que acompanha praticamente todas as reuni�es - se encarrega de passar o telefone quando alguma liga��o n�o pode esperar. J� os convidados deixam os celulares do lado de fora, em uma gavetinha, e carregam as suas listas de pedidos.

Jos� Nelto disse ter aconselhado o presidente a n�o enviar para os governadores os recursos do pr�-sal e usar o dinheiro para atender as prefeituras. "Estou sendo muito pressionado, viu", rebateu Bolsonaro ao deputado. O parlamentar ent�o sugeriu usar os recursos do pr�-sal na educa��o de tempo integral. "Nessa hora, ele mandou o ajudante anotar a ideia. Acho que vai acatar", relatou Nelto.

O perfil amistoso e divertido de Bolsonaro nas reuni�es surpreendeu at� mesmo o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, que ouviu ter recebido o voto dele para presidente em 2006. "Votei em voc�, duas vezes", brincou Bolsonaro, quebrando o gelo com o tucano. A conversa se enveredou para Juiz de Fora, onde nasceu o secret�rio nacional do PSDB, Marcus Pestana, e cidade onde Bolsonaro foi esfaqueado.

Na transmiss�o ao vivo pelo Facebook, anteontem, Bolsonaro elogiou a sugest�o do l�der do governo na C�mara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), de liberar emendas parlamentares para munic�pios endividados. Os d�bitos travavam a entrada de recursos, com base em entendimento da Advocacia-Geral da Uni�o (AGU). "Foi uma ideia trabalhada pelo l�der e pelo ministro Andr� (Luiz Mendon�a, da AGU)", disse o presidente.

Cada contato � vital para Bolsonaro, que contabiliza votos para a reforma da Previd�ncia. A forma de trabalhar por esses votos contrasta com a dos �ltimos ocupantes do Pal�cio do Planalto. Parlamentares afirmam que Michel Temer era o presidente do "vamos conversar, veja bem". Dilma dificilmente recebia. Lula fazia com que todos sa�ssem com a certeza de que seriam atendidos. Pouco, de fato, ocorria.

Hor�rio de ver�o

Ao anunciar o fim do hor�rio de ver�o, na semana passada, o presidente disse ter atendido ao desejo de um parlamentar. A proposta surgiu do deputado Jo�o Campos (PRB-GO) e foi discutida com o Minist�rio de Minas e Energia. A justificativa seria a redu��o na economia gerada, de R$ 405 milh�es para R$ 159 milh�es.

Numa audi�ncia privada que durou uma hora e meia, o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) pediu que o governo refor�asse a seguran�a nas fronteiras do Paran�, especialmente com a Argentina e o Paraguai. "H� muito armamento pesado que entra por l�", afirmou Fahur.

Enquanto esteve no gabinete presidencial, Sargento Fahur permitiu que Bolsonaro recebesse o governador do Par�, Helder Barbalho, com deputados e senadores do Estado, que pediam pela reconstru��o da ponte do Rio Moju, no munic�pio do Acar�. O senador Paulo Rocha (PT-PA) disse ter sa�do do encontro convencido de que o presidente vai se empenhar para resolver a situa��o. "Ele imediatamente mandou que olhassem se h� recursos dispon�veis para enviar ao Estado. Achei muito boa a conversa", contou o petista. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)