O ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica, S�rgio Moro, defendeu, nesta sexta-feira, a perman�ncia do conselho de controle de atividades financeiras (Coaf) em sua pasta. Ao falar para empres�rios no TSX Meetings, em Belo Horizonte, ele afirmou que seu objetivo � "melhorar" o �rg�o, que considera ajudar no combate � corrup��o.
"O melhor lugar do Coaf � atualmente onde ele se encontra", disse.
A declara��o foi feita um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro (PSL) dizer que n�o se op�e � volta do Coaf para o Minist�rio da Economia. O Coaf ficava sob o guarda-chuva do Minist�rio da Fazenda e com as mudan�as do atual governo foi transferido para a pasta de Moro.
Moro afirmou que o Ministro da Economia Paulo Guedes � extremamente competente, mas deve cuidar da pol�tica macroecon�mica. "O ministro da Economia tem tanta coisa para se ocupar: taxa de juros, crescimento da economia, nova Previd�ncia.
S�o pautas muito importantes. Enquanto o Coaf tem uma rela��o muito grande no �mbito da Seguran�a P�blica", afirmou. Moro disse que o importante "� fazer o crime n�o compensar, mandar para a pris�o e confiscar o produto do crime", disse.
Na avalia��o de Moro, n�o existe um combate eficaz ao crime organizado se n�o houver foco na lavagem de dinheiro. Foi o Coaf que detectou movimenta��o financeira suspeita de R$ 7 milh�es do ex-motorista da fam�lia Bolsonaro, Fabr�cio Queiroz. Ele � investigado pelo Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro em processo que avalia o per�odo em que foi assessor parlamentar do filho do presidente, Fl�vio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do RJ.
Moro diz estar ampliando o n�mero de servidores do �rg�o de 31 para 64, apenas com a redistribui��o de cargos no minist�rio.
O ministro afirmou ainda que o Coaf foi oferecido a ele e n�o uma ambi��o. Moro afirmou que a decis�o final ser� do Legislativo e que nada o impede de tentar convencer o Congresso a deixar o Coaf sobre sua responsabilidade.
Descontra��o e gafe
S�rgio Moro foi tratado como celebridade pelos empres�rios e tirou v�rias selfies no evento. Em um dos momentos, por�m, foi alvo de uma gafe cometida pelo assessor do governo de Minas para enlace com o governo federal, Coronel Carlos Henrique Guedes. Ele pediu que o ministro se levantasse e se referiu a ele como �cone da corrup��o, sem perceber que esqueceu de falar a palavra combate.
Procurando se mostrar descontra�do, o ministro falou dos militares ao come�ar sua fala para os empres�rios, contando o que chamou de uma anedota. “N�o acho que tem uma ala militar ou um grupinho militar no governo”, disse, comparando os militares a profissionais t�cnicos como engenheiros ou m�dicos. “N�o tem nada de desabonador, mas gera situa��es peculiares. Um fala termos pr�prios como selva, o outro fala em �s. At� hoje penso o que vou falar como ex-juiz. Caneta?”, afirmou, provocando risos dos presentes.