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Estado de Minas

Lula diz que Brasil � governado por um 'bando de maluco' e convoca elite brasileira para uma 'autocr�tica'

Em entrevista aos jornais Folha de S. Paulo e El Pa�s, ex-presidente comentou sobre o governo Bolsonaro, a morte do neto Pedro Arthur e ironizou o ex-juiz e hoje ministro S�rgio Moro, primeiro a conden�-lo no caso do Triplex


postado em 26/04/2019 16:34 / atualizado em 26/04/2019 18:04

Entrevista foi concedida em uma sala na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente está preso(foto: TV Folha/Reprodução)
Entrevista foi concedida em uma sala na sede da Pol�cia Federal, em Curitiba, onde o ex-presidente est� preso (foto: TV Folha/Reprodu��o)

Na primeira entrevista concedida � imprensa desde que foi preso em Curitiba, h� pouco mais de um ano, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) afirmou que o pa�s est� sendo governado por um “bando de malucos” e convocou a elite brasileira a fazer uma "autocr�tica" sobre o resultado das elei��es. 


Depois de uma batalha judicial que chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF), os jornais Folha de S. Paulo e El Pa�s tiveram autoriza��o para entrevistar o ex-presidente em uma sala na sede da Pol�cia Federal, em Curitiba, na manh� desta sexta-feira. 

De acordo com informa��es da Folha de S. Paulo, as equipes de jornalistas tiveram duas horas e dez minutos para conversar com o petista, a uma dist�ncia de quatro metros – justificada como uma norma de seguran�a padr�o.

Em rela��o ao governo do presidente Jair Bolsonaro, Lula afirmou que "ou ele constr�i um partido s�lido, ou n�o perdura". E convocou a elite brasileira a uma autocr�tica ap�s a elei��o do presidente. 

"Vamos fazer uma autocr�tica geral nesse pa�s. O que n�o pode � esse pa�s estar governado por esse bando de maluco que governa o pa�s. O pa�s n�o merece isso e sobretudo o povo n�o merece isso", afirmou.

Lula comentou ainda as den�ncias de liga��o de pessoas da fam�lia Bolsonaro com milicianos no Rio de Janeiro. “Imagine se os milicianos do Bolsonaro fossem amigos da minha fam�lia?", questionou, referindo-se ao fato de o filho do presidente, Fl�vio Bolsonaro, ter empregado familiares de um miliciano foragido da Justi�a em seu gabinete quando era deputado estadual pelo Rio. 

'Conje'

Questionado sobre a possibilidade de ficar preso ainda por v�rios anos, Lula afirmou que “n�o tem problema” e completou que dorme com a “consci�ncia tranquila”, ao contr�rio do Deltran Dallagnol (procurador do Minist�rio P�blico, um dos coordenadores da Lava-Jato) e do ex-juiz S�rgio Moro (atualmente ministro da Justi�a). 


Lula contou ainda que, ao ter a pris�o decretada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Regi�o (TRF-4), logo ap�s a condena��o em segunda inst�ncia, houve quem defendeu que ele fugisse do pa�s ou se abrigasse em alguma embaixada. Mas ele decidiu se entregar, depois de passar horas na sede do Sindicato dos Metal�rgicos, no ABC Paulista.

“Eu tenho tanta obsess�o de desmascarar o Moro, demascarar o Dellagnol e a sua turma, e desmascarar aqueles que me condenaram, que eu ficarei preso 100 anos, mas eu n�o trocarei minha liberdade pela minha dignidade. Eu quero provar a farsa montada aqui”, afirmou.

O ex-presidente disse ainda que n�o guarda “m�goa” ou “�dio” de quem o condenou, at� porque espera viver at� os 120 anos para provar sua “inoc�ncia” e a “farsa” montada pelo Minist�rio P�blico e Judici�rio. “Na minha idade, quando a gente fica com �dio, a gente morre antes”.


Sobre o magistrado que o condenou a 12 anos e um m�s de pris�o no caso do Triplex do Guaruj�, Lula n�o poupou ironias. "Sempre riram de mim porque eu falava 'menas'. Agora, o Moro falar 'conje' � uma vergonha", afirmou. Ele referia-se a participa��o de Moro em uma audi�ncia p�blica na C�mara dos Deputados, em que pronunciou incorretamente a palavra “c�njuge” por duas vezes.


Militares 


Em rela��o aos militares, disse que quer conversar para saber o por que do “�dio ao PT”, pois seu governo teria recuperado o or�amento das For�as Armadas.

Ao comentar sobre a morte do neto, Pedro Arthur, aos sete anos, h� pouco mais de um m�s, Lula chorou. "Eu �s vezes penso que seria t�o mais f�cil que ele tivesse morrido. Eu j� vivi 73 anos, poderia morrer e deixar o meu neto viver".

Nesse momento, segundo o jornal, o ex-presidente aproveitou para a agradecer o comportamento do vice-presidente, Hamilton Mour�o, no epis�dio. O vice defendeu que a Justi�a autorizasse a ida de Lula ao vel�rio, ao contr�rio de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, que usou o Twitter para dizer que o petista queria se “vitimar” com a morte do neto.

A uni�o dos partidos de esquerda, defendida desde as articula��es para a campanha eleitoral do ano passado, tamb�m foi tema da entrevista.

Lula disse ainda que n�o ficou chateado com as declara��es do senador Cid Gomes (PSB-CE), irm�o de Ciro Gomes, que durante um encontro do PT chamou um filiado de “babaca” e lembrou que Lula est� preso. “Isso � uma verdade. S� n�o precisava chamar os outros de babaca", disse, rindo.

 


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