
O escritor Olavo de Carvalho, um dos principais influenciadores do bolsonarismo, afirmou na quarta-feira, 15, que vai deixar de "se meter" na pol�tica brasileira. "Eles querem me tirar da parada? Tiraram. Eu vou ficar quietinho agora, n�o me meto mais na pol�tica brasileira. O Brasil escolheu o seu caminho. Escolheu confiar em pessoas que n�o merecem a sua confian�a e agora vai se danar", afirmou em conversa em v�deo com o site Cr�tica Nacional.
Segundo Olavo, a sua participa��o na pol�tica se tornou insustent�vel. "O que eu estou fazendo, estou decidindo hoje, � me ausentar temporariamente do debate pol�tico nacional, do dia a dia, das miudezas das pol�tica, porque se tornou uma coisa absolutamente insustent�vel. Tamparam minha boca. N�o tem problema. Voc�s se virem a�, fiquem com o Santos Cruz (general e ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presid�ncia)", disse, em refer�ncia ao ministro com quem j� teve atritos.
Olavo negou, ainda, que tenha qualquer influ�ncia sobre os grupos no governo. "Quem sou eu nessa hist�ria toda? Esse grupo olavista jamais existiu. N�o existe nada disso. A minha influ�ncia � a influ�ncia de escritor sobre um p�blico difuso que n�o tem nenhum contato entre si. N�o h� organiza��o, n�o h� di�logo, n�o h� membros. O Brasil est� vivendo embaixo de uma alucina��o, isso virou uma palha�ada".
Condecora��o
No in�cio do m�s, o presidente Jair Bolsonaro concedeu a Olavo de Carvalho o grau m�ximo da Ordem Nacional de Rio Branco, de Gr�-Cruz, indicado para autoridades de alta hierarquia. Segundo o Itamaraty, a Ordem Nacional de Rio Branco � uma comenda que o presidente pode atribuir a personalidades "pelos seus servi�os ou m�ritos excepcionais". Al�m de Olavo, outras 33 pessoas receberam a condecora��o, como o vice-presidente Hamilton Mour�o, ministros de Estado e governadores.
Conflito com militares
Um dos pontos mais importantes do embate entre Olavo de Carvalho e integrantes do governo aconteceu ap�s duras cr�ticas do escritor �s For�as Armadas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o ex-comandante do Ex�rcito general Eduardo Villas B�as, que exerce o cargo de assessor especial do ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), disse que Olavo prestava enorme desservi�o ao Pa�s.
"Ele est� prestando um enorme desservi�o ao Pa�s. Em um momento em que precisamos de converg�ncias, ele est� estimulando as desaven�as", disse um dos principais nomes das For�as Armadas. "� tamb�m muito grave a maneira como ele se refere com improp�rios a oficiais da estatura dos generais Mour�o (vice-presidente da Rep�blica), Santos Cruz (ministro da Secretaria de Governo) e Heleno (ministro) e aos militares em geral", afirmou.